Mexa-se!

Como colocar em prática a decisão tomada no dia anterior, de começar a se exercitar? Deflagra-se facilmente uma batalha entre a ideia, a intenção e a comodidade de permanecer como está. Tão mais fácil virar de lado e deixar tudo pra lá: “Quem sabe para amanhã…”.

Admitamos que à primeira vista não pareça nada agradável abandonar o edredom macio, a cama quentinha, imaginando sua substituição por um par de tênis e algum suor. Vencer a resistência do cobertor, ainda mais agora, com a proximidade do inverno e sobrepor-se à lei de atração pelo colchão são embates iniciais freqüentes. Essa é a dor de começar!

Começar alguma coisa é mudar outra, mudar aquilo a que já estamos acostumados, mesmo que isso não pareça ser grande coisa. Sair do comodismo, da inércia, é mais difícil do que se transportar de uma atividade para outra. Colocar uma massa sedentária em atividade requer bastante vontade, é verdade. Mas não é só. A vontade é combustível para apenas uns poucos metros de locomoção. A ela precisam ser agregados algum planejamento e disciplina. E as três só prosperam diante de um objetivo bem definido: eis o motor dessa equação.

Seu objetivo pode ser sair da zona de risco cardíaco, emagrecer ou simplesmente voltar a sentir-se bem disposto… Mas alcançá-lo demanda um passo a passo, requer envolvimento: um relacionamento íntimo com cada etapa do projeto. Afinal, só desejar não é suficiente. É preciso sair da zona de conforto.

Com a atividade física é assim, ao menos de início. Porque depois os efeitos sobre o bem-estar se encarregam de mudar esta situação. O sucesso de qualquer projeto está na somatória de passos: começar consciente de que há obstáculos e de que vale a pena tentar transpô-los já é ultrapassar o primeiro deles, o começar e o se mexer. Dê o primeiro passo!

*Este artigo foi escrito pela equipe multidisciplinar do blog londrinense Confraria do BEMestar, que a partir de hoje começa a colaborar com textos aqui no blog Giro Sustentável. Sejam bem-vindos!

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