Então, nada de cochilo para nós, temos muita lição de casa. E a primeira delas talvez seja começar com uma autoavaliação sincera: o que eu sei sobre política? Conheço os três poderes e sei quais as responsabilidades e autonomias de cada um? Eu sei o que faz cada um dos representantes que escolhi? Eu lembro quem escolhi? E a reforma política? O que estão propondo de mudanças? O que está em jogo? E por aí vai…
Outro bom exercício é explorar o que levantam algumas “bandeiras” muito compartilhadas nas redes sociais. Pegue o tema, digite num site de busca e selecione as notícias que já saíram sobre aquilo. Veja do que se trata, o que dizem os especialistas, visite os sites do governo para ampliar sua busca. E só compartilhe depois que tiver certeza que entende do que se trata. Não levante uma bandeira que não é sua por puro desconhecimento e excitação do momento. Além de estar indo contra seus próprios princípios ou compartilhando informações duvidosas, poderá influenciar mais pessoas a fazerem isso. Afinal, trata-se de uma rede!
E não se acanhe por não ter esse conhecimento. Afinal, quando é que a população foi estimulada a gostar de política? Entre as crianças, por exemplo, o tema começou a circular pelas salas de aula não faz muito tempo. E muito graças a projetos socioeducacionais desenvolvidos por instituições não governamentais, que inserem nas disciplinas escolares temas transversais, como cidadania.
O que importa agora não é o nível de conhecimento que você tem, mas a ampliação dele. Para cobrar, exigir e fiscalizar, é preciso conhecer. A tarefa agora é ser cidadão e a lição de casa é se politizar.
*Artigo escrito por Christiane Kremer, colaboradora do Instituto GRPCOM em Curitiba
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