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Mesmo sem darmos conta, muitas coisas acontecem diariamente para o bem da humanidade. Contudo, parece que, geneticamente, fomos induzidos a ver o mundo como um lugar ruim e ameaçador. Alimentamos, dia a dia, um pessimismo global que nos impossibilita perceber as revoluções das quais somos participantes.

Estamos imersos em um momento de crise mundial que afeta a esfera ambiental, econômica, social e, principalmente, a crise do indivíduo. Mas, será que tudo está perdido? Será, realmente, que o mundo está em crise? Desde o momento que despertamos, até a hora de dormir, temos pensamentos e ações de queixa, tristeza e indignação.

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Sem dúvida, ser consciente da problemática é assunto de todos, mas não eliminaremos os acontecimentos ruins se não planejamos uma maneira mais construtiva de vida. A tendência é que cada indivíduo tente buscar a solução de sua maneira, ou seja, a luta pela sobrevivência e também para sair do panorama atual é vista do ângulo individual. Todos sozinhos e com pouco barulho.

A psicóloga, Daniela Malta, atua no âmbito social há 10 anos. Sua primeira experiência foi em ajuda humanitária, no Panamá, região da América Central. Na comunidade em que trabalhava, Daniela colaborou para que as pessoas permitissem suas potencialidades e autonomias, sendo capazes de liderar suas próprias vidas dentro da realidade de cada um e desta maneira zelar pelo entorno em que viviam de forma responsável. “Os participantes percebiam que podiam dar o melhor às pessoas nas relações, mesmo que fosse por alguns minutos”, comenta.

Hoje, a psicóloga trabalha no suporte de um projeto de educação social, em uma multinacional de Curitiba, e ressalta que o ensino pode libertar as pessoas a serem críticas ativas. “Pelos indicadores, podemos observar que, o projeto ajuda a criar o pensamento crítico dos jovens, principalmente no que diz respeito às suas escolhas, o engajamento e a participação na sua comunidade. Também em poder construir histórias diferentes do que as suas famílias apresentam”, enfatiza.

O altruísmo como estratégia de sobrevivência é conhecido há tempos. Na natureza, e também na sociedade, nem tudo se acaba por meio da lei do mais forte; a cooperação pode ser uma técnica de evolução para o futuro. O compartilhar ideias, divulgar e valorizar iniciativas, enfim, maximizar a cultura colaborativa entre os grupos sociais: casa, trabalho, escola e amigos.

Há alguns anos, quando queríamos aprender um idioma, nos inscrevíamos em uma escola especializada. Necessitávamos de uma declaração de imposto de renda, buscávamos uma consultoria de contabilidade. Hoje, as pessoas começam a trocar entre si esses serviços de forma altruísta. Iniciativas de recuperação de valores, de reinventar, acreditar, conhecer novas formas e ser positivo, geram efeito e mudança. “Podemos encontrar formas mais eficazes para enfrentar os conflitos da vida e na busca de soluções, sendo mais positivos. Influenciaremos diretamente na qualidade de vida, nas relações interpessoais, como família, amigos, etc., e na valorização das conquistas”, explica Daniela.

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Surgem, cada vez menos timidamente, grupos de pessoas que querem, de uma forma espontânea, positiva e com responsabilidade, fomentar iniciativas sociais. A ONG Encontro com Deus desenvolve ações de solução preventiva a desestruturação de famílias. A subdiretora da organização, Luciana Santos, comenta que os 12 sócioeducadores buscaram a organização de forma voluntária. “Eles entendem a importância do trabalho desempenhado e que a sociedade sobreviverá melhor se pensarmos no bem-estar do outro”, afirma.

Nas organizações
A cultura colaborativa vem de mão dada com a cultura participativa e também é pregada no meio empresarial. As habilidades requeridas para os empregos atuais são a criatividade, o positivismo, a colaboração, o pensamento crítico e a resolução de problemas. De acordo com os executivos e experts de áreas estratégicas, saber e estar desenvolto nessas capacidades, seja entre colegas ou na criação de um projeto, é o que garante a oportunidade de trabalho.

*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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