Uma das mais conhecidas bases desta teoria, é o chamado “efeito borboleta”, trabalho desenvolvido pelo matemático estadunidense Edward Norton Lorenz, que dizia: “um bater de asas de uma borboleta no Brasil poderia provocar um furacão no Texas”. Lorenz desenvolveu cálculos da evolução temporal como função de parâmetros variáveis, a fim de compreender os fenômenos meteorológicos.
De forma simplista comparando com a teoria de Lorenz, com os eventos que ocorrem em nossas vidas, trata-se de um processo de histórias acumuladas que cientificamente é denominado de estocástico, ou seja, aquilo que fazemos hoje impactará significativamente em nossa trajetória de vida, influenciando de forma definitiva o nosso futuro.
Retomando a história do Brasil, e fazendo uma analogia com a teoria do caos, podemos inferir que: se o evento “operação Lava Jato”, com marco inicial em 2009, pelas investigações realizadas pelo Ministério Público Federal, que desencadeou um dos maiores casos de lavagem de dinheiro que o nosso país já enfrentou, e que envolve uma das principais estatais brasileira que é a Petrobrás, não seria possível a identificação de vários envolvidos que estão diretamente ligados com a governabilidade do Brasil.
Atribuí ao presente artigo o título de “efeito camaleão”, porque é isto que temos presenciado desde que iniciou o caos no Brasil, vejamos: o camaleão tem a capacidade da camuflagem no meio em que habita, onde procura tirar vantagens, o que não é diferente do que diversos envolvidos no esquema “Lava Jato” negando evidências irrefutáveis, e camuflando o que for possível.
Os envolvidos sofrem do que os psicanalistas denominam de “amnésia anterógrada”, que trata de uma contínua renovação do presente sem vínculo com o passado, ficam cultuando eternamente o presente, e vão se adaptando com a situação que se apresenta. Ficam trocando as cores, e esquecem os fatos que lhe são apresentados em relação ao seu passado.
Assim trocaria a palavra crise por caos, advento este perfeitamente necessário a fim de que seja possível reestabelecer a estabilidade nas diversas esferas políticas e econômicas, a guerra entre o bem e o mal.
Na hipótese de que se os eventos desvelados pelo Ministério Público, ficassem camuflados, não teríamos o enfrentamento anticorrupção, e não estaríamos reescrevendo a história do nosso país.
Devemos, portanto, acolher com profunda análise e reflexão o presente momento, para que também possamos utilizar a teoria do caos ao nosso favor, compreender que se faz necessário enfrentarmos com coragem a atual situação que impacta sobremaneira em nossas vidas no futuro.
Pensarmos quais serão as nossas ações para auxiliarmos aqueles que estão imbuídos na busca pela verdade; de que forma vamos agir no momento da escolha dos próximos governantes; se os nossos atos estão mais para camaleão do que para a borboleta, que se transforma de lagarta para algo tão belo e sublime.
Por isto é tão importante estudar, porque o conhecimento nos dá pistas e segurança do que precisamos, a sustentabilidade de uma nação para evitarmos os aproveitadores.
Estamos construindo o legado das futuras gerações, este é um grande momento porque conforme já visto anteriormente as nossas ações presentes serão definitivas para o nosso futuro. É o momento de deixarmos de lado a nossa individualização para colaborarmos coletivamente com o nosso país, para que não surjam novos atores camuflados de camaleões, estes sim deverão ser uma espécie a ser extinta e banida do nosso meio social.
*Artigo escrito por Maria Tereza F. Ribeiro, diretora de Recursos Humanos do Grupo UNINTER, que é uma instituição associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.
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