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O desafio da escalabilidade do impacto social

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(Foto: Divulgação)

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Há 2 anos e meio trabalho na Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID Brasil) como Analista de Projetos, desenvolvendo ações de assessoria e diagnósticos de gestão para instituições em Curitiba e Região Metropolitana. Lembro que desde que entrei sempre tivemos como objetivo trabalhar em outros estados. Então, no início deste ano o que antes parecia um sonho a longo prazo ficou mais próximo da realidade.

Alguns meses atrás uma nova vaga surgiu para mim na ASID Brasil: Analista de Projetos Externos, ou seja, desenvolvimento de projetos em instituições do Norte do Paraná, interior do Alagoas e São Paulo capital. Além do desafio profissional de conhecer instituições com novas leis, novos serviços e realidades completamente diferentes do habitual, tive também o desafio pessoal de passar aproximadamente 3 semanas de cada mês longe da família e amigos e principalmente da rotina que estava acostumada há mais de 2 anos.

Todas as pessoas que iniciam uma organização do terceiro setor sabem da dificuldade que é apresentar um projeto pela primeira vez ou fazer um evento de divulgação, sem saber qual será a aceitação e o tamanho do público.

Logo que assumi a vaga de projetos externos, passei uma semana visitando organizações em São Paulo. A ideia era conhecer estas instituições e também pessoas que estivessem envolvidas no meio da Pessoa com Deficiência, além de secretarias (Educação, Saúde e Assistência Social) e conselhos municipais. Desta forma, visitei mais de 20 instituições que passaram a conhecer o trabalho da ASID. O objetivo era entender qual seria o mercado que iríamos trabalhar, e também começar a nossa jornada para que as organizações pudessem nos ver como potenciais parceiros.

Realizei uma visita em específico, em uma instituição para deficientes visuais, que merece ser destacada. Após explicar todo o trabalho que será desenvolvido em SP, o Presidente da organização me perguntou “E como vocês farão a seleção de quem vocês irão trabalhar por primeiro? ”, então expliquei que como estávamos com poucos recursos humanos voltados para os projetos externos, começaríamos com aquelas que tivessem maior necessidade para desenvolvimento da gestão e que também demonstrassem grande vontade de trabalhar conosco. E logo em seguida veio a resposta: “E se nós te mandarmos um e-mail por dia, será que vocês escolhem a gente? ”.

Com todo esse processo em São Paulo acontecendo de uma forma tão rápida, e com algumas viagens intercaladas para o Nordeste, posso dizer que foram visitas como a descrita acima, que fizeram com que o receio de assumir a vaga de Projetos Externos tenha sido dominado pelo entusiasmo ao ver a felicidade das organizações ao saberem que iríamos desenvolver nosso trabalho com elas também.

Logo após as visitas veio a primeira parceria, viabilizando o primeiro diagnóstico da gestão de uma instituição para pessoas com deficiência na maior capital brasileira. Em seguida, veio o trabalho com o voluntariado corporativo e o segundo diagnóstico, e quando vimos nosso sonho estava se tornando realidade com uma velocidade incrível. E foi com esse segundo diagnóstico em São Paulo que atingimos o número de 90 organizações impactadas com os serviços da ASID Brasil!

Após esses três projetos iniciados, finalmente abrimos a nossa rede na cidade onde “tudo acontece”, e a partir do dia 25 de agosto, teremos eventos mensais, nos quais é trabalhado um tema de gestão pré-estabelecido e as organizações se encontram para trocar experiências e estreitar os laços, com o objetivo de fortalecer cada vez mais o terceiro setor para a busca de seus direitos e profissionalização da gestão.

Isso me fez pensar sobre a visão da ASID Brasil, construída por toda a equipe: “organizações sociais transformando o mundo”, e que, com certeza, estamos construindo dia após dia um caminho sólido para alcança-la. Desta forma, encerro agradecendo a toda a equipe da ASID, que trabalha em consonância com os nossos valores, neste caso em específico: “trabalhamos por uma causa e por isso temos coragem para empreender e enfrentar novos desafios”, e que faz com que todos os objetivos sejam alcançados.

*Artigo escrito por Bianca Beltrami, graduanda em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná. Atua na área de Projetos há dois anos e meio, tendo trabalhado com mais de 1000 horas em projetos de assessoria na  ASID Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças), ONG que trabalha para aprimorar a gestão das escolas gratuitas de educação especial, resultando na abertura de vagas e melhoria da qualidade de ensino. A ASID colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

**Quer saber mais sobre cidadania, educação, cultura, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook:InstitutoGrpcom, Twitter: @InstitutoGRPCOM e Instagram: instagram.com/institutogrpcom

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