Muito se discute sobre a qualidade da educação e do ensino. Não se pode esquecer da presença do professor neste importante processo formativo. É a resposta do professor que pode fazer com que a crise de um estudante aumente ou seja amenizada, é a postura do professor em sala de aula que se reflete na postura dos alunos. Os alunos são, como diz Rubem Alves, a continuidade do professor, pois mantêm vivo, no brilho dos seus olhos, a vida daquele que os ensinou a ver o mundo. O professor tem grandes responsabilidades.
Para dar conta de tudo o que é necessário, o professor precisa se sentir comprometido com a turma que orienta. Além disso, é preciso desejar o crescimento dos “pupilos”, almejar sua autonomia. Segundo o filósofo Nietzsche, retribui muito mal ao mestre aquele que continua sempre a ser discípulo. O professor precisa almejar que seus alunos o superem, que cresçam abundantemente.
No entanto, como diziam nossas avós, “saco vazio não pára em pé”.
Daquilo que se encontra esgotado, nada mais se pode tirar. Diante do universo de responsabilidades que pertencem aos professores, muitas vezes eles ficam esgotados. São muitas horas em sala de aula, somadas com horas de pesquisa, planejamento, avaliação… sem contar a vida pessoal, a família, os amigos, etc. Para dar conta de distribuir, orientar, incentivar, corrigir é preciso antes, agregar. A formação continuada é fundamental.
Participar de programas de formação continuada e outros momentos que propiciam ao professor preparar-se melhor é renovador. E formação continuada não pressupõe apenas agregar conhecimento acadêmico, mas também encher-se de ânimo, de desejo, de orgulho, de emoção, compartilhar experiências, comemorar sucessos, reavaliar fraquezas, ler, conhecer, debater.
Isso tudo deve ser tão natural ao professor quanto alimentar-se. Pois só um professor motivado é capaz de motivar. Aquele que ama o que ensina, torna a aprendizagem viva e significativa e poderá vislumbrar sua própria vida continuada no brilho dos olhos dos seus estudantes.