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Com a desculpa que começou um ano novo, todos os anos milhares de toneladas de pólvora são queimadas pelo mundo afora apenas para satisfazer a visão e o prazer das pessoas. O Brasil é o segundo maior produtor do mundo e o que mais queima no ano novo.

Nas capitais, os números impressionam. Exemplo disso são as 10 toneladas no Rio de Janeiro e 12 em Brasília de pólvora queimada no réveillon. Com uma conta simples, o Brasil tem mais de 5.500 municípios, se considerarmos que cada um utilize uma tonelada – o que eu acho pouco, teremos queimado 5.500 toneladas de pólvora. Se uma carreta consegue carregar 30 toneladas, estamos falando de 167 carretas de pólvora. E todos queimam os recursos dos impostos que deveriam ser investidos em educação e saúde, apenas para satisfazer os egos de seus governantes e de uma sociedade cada vez mais individualista e consumista.

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A queima de fogos para saudar o ano novo se trata de uma tradição de muitos séculos, mas já passa da hora de uma revisão nesse hábito ou tradição. Algumas cidades já aboliram a queima de fogos, como Paris, que faz a saudação com luzes e nem por isso deixou de receber os milhões de turistas para o réveillon ou perdeu seu charme e elegância. Eu diria que ficou ainda mais atrativa.

Temos alguns hábitos e necessidades para a nossa qualidade de vida que comprometem o meio ambiente, como o automóvel, por exemplo, o grande vilão da poluição, mas quem pode viver sem ele? Porém, podemos ficar sem fogos, já ajudaria a minimizar o efeito estufa. No entanto, o que vemos são milhões de pessoas amontoadas esperando horas apenas para ver 10 ou 15 minutos de poluição do ar e contribuir ainda mais para o efeito estufa. Precisamos rever isso, rapidamente.

>> Artigo escrito por Ademar Batista Pereira, presidente da FEPEsul (Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul) e diretor de Planejamento do Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares do Paraná), instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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