A Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba faz parte do maior remanescente contínuo de Mata Atlântica de toda a costa brasileira. Nela, estão localizadas Unidades de Conservação (UC) – áreas naturais que têm características especiais e por isso são protegidas com o objetivo de salvaguardar ecossistemas, habitats, fauna e flora – que abrigam rica biodiversidade de fauna e flora e atributos para que receba pesquisadores, ajudando no desenvolvimento da região.
Para as universidades e instituições de pesquisa, a APA é um prato cheio para o desenvolvimento de pesquisas por representar um dos locais mais importantes e bem conservados em termos de biodiversidade, já que a Mata Atlântica se encontra, em grande parte, reduzida e fragmentada. “A APA de Guaraqueçaba tem importância primordial na proteção dessas poucas áreas de Mata Atlântica e é um universo importante para as pesquisas”, opina o pesquisador do Departamento de Solos da UFPR, Renato Marques.
A pesquisadora do Departamento de Botânica da mesma universidade, Márcia Marques, concorda. “Para nós da Biologia, que queremos entender o que determina a biodiversidade em sistemas naturais, este é o melhor cenário como laboratório”, comenta. Para isso, os pesquisadores contam com o auxílio dos chamados pesquisadores empíricos, que são os funcionários das Unidades de Conservação e moradores locais que, ao longo dos anos e das gerações de habitantes da região, acumularam um conhecimento vital sobre a floresta, sua fauna e sua flora.
As Reservas Naturais das Águas, Guaricica e Papagaio-de-cara-roxa, no litoral paranaense, são mantidas pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) desde 1999. Desde muito cedo elas têm sido utilizadas por pesquisadores e estudantes no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao meio ambiente.
Uma das pesquisas desenvolvidas nas reservas, que se intensificaram a partir de 2003, é sobre a classificação das comunidades de beija-flores, suas fontes de néctar e interações entre eles na Reserva Natural Guaricica. Os pesquisadores da UFPR Marcia Malanotte e Tiago Malucelli utilizam o que é encontrado na região para analisar o comportamento da espécie e como se desenvolvem entre si.
Mas o maior benefício é para a própria natureza e para a sociedade, pois conservar os ambientes de mata nativa permite a manutenção dos serviços ecossistêmicos gerados pela Mata Atlântica, do qual toda a comunidade usufrui.
*Artigo escrito pela equipe da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.
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