| Foto: Imagem de PIRO4D por Pixabay
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Olá, muito prazer, meu nome é Rulian e, neste momento, sou um inovador. E vou te contar uma coisa que talvez você não tenha se dado conta, você também é um inovador. Aliás, não tenho medo nenhum de afirmar que, por necessidade de momento, todos somos inovadores.

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Afinal, independente da profissão, classe social, nacionalidade, todos vimos nossas vidas serem modificadas num estalar de dedos por um vírus, sem tempo para reação. Esta realidade quase paralela exigiu e continua exigindo uma adaptação diária. Pense em quantas coisas você modificou na sua vida pessoal, familiar e produtiva. Estamos sendo forçados a rever todas as relações que nos definem (eu + eu, eu + outros, eu + planeta) e nos falta tempo e energia para nos darmos conta de boa parte destas transformações.

Rapidamente seria possível ter uma lista grande das tantas novas ideias e soluções que estamos criando diariamente em temas diferentes, seja para desafios individuais ou sistêmicos: geração e distribuição de renda, emprego e produtividade, consumo e alimentação, educação, meio ambiente e mudança climática e, é claro, em saúde. Dois exemplos rápidos:

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Em geração de renda estamos criando fluxos, tecnologias, processos para levar recursos para bilhões de pessoas de forma rápida e eficiente, seja de forma sistêmica, com programas governamentais, ou pontual, com as doações de pessoas para pessoas que se multiplicam diariamente.

Em educação, de forma sistêmica, estamos gerando soluções para atender a necessidade de dar a bilhões pessoas a possibilidade de continuar aprendendo. De forma pontual, o que todo pai e toda mãe está tendo que fazer em criar novos hábitos e rotinas com os filhos em casa.

Em meio ambiente com a inclusão no modo "goela abaixo" de tecnologias da informação diminuindo a necessidade dos deslocamentos e, com isso, gerando muito menos emissões de CO2. O que, pontualmente, pode estar fazendo você olhar para aquele carro parado na garagem e se perguntar se ele é mesmo tão necessário na sua vida.

Então perceba que, por pura necessidade de momento, todos nós terráqueos somos inovadores.

Ok, legal, bacana, bonito isso. Mas dá para acreditar que sairemos dessa melhor do que entramos? Ou depois tudo volta ao normal e estamos falando de inovação de impacto em sobrevivência e não de impacto em existência?

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Acredito que ao final deste ciclo que estamos vivendo teremos uma relação grande de soluções, muitas já testadas, para alguns dos maiores desafios atuais. Agora, isso só vai gerar benefícios contínuos se tivermos sabedoria e vontade política suficiente para nos apropriarmos daquilo que pode tornar nossas vidas melhores e nossa existência como espécie mais harmônica com o planeta em que vivemos. Aí sim poderemos dizer que criamos não só um remédio pontual, mas um antivírus que ponha em quarentena, não nós, mas outras ameaças parecida que venham a nos atingir.

*Artigo escrito por Rulian Maftum, do Impact Hub Curitiba e membro do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial – CPCE é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável da Gazeta do Povo.

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