O que é fundamental para uma entidade do Terceiro Setor? Recursos. E como chegar até eles? Há técnicas profissionais de captação de recursos, mas antes de lançar mão delas, é preciso ter uma comunicação estruturada.
A entidade precisa ter um canal de comunicação com a sociedade para, antes de mais nada, ser transparente. Mostrar o que faz, quem faz, como faz e como aplica seus recursos. E isso pode ser feito por meio de fotos, depoimentos em vídeos e matérias que tenham sido veiculadas na imprensa.
Em tempos de tantas notícias sobre corrupção e desvio de dinheiro é comum que haja uma desconfiança por parte da sociedade em doar dinheiro ou recursos. Nesse cenário, nada mais natural do que prestar contas. Se as entidades prestam contas para os órgãos de controle públicos, por que não prestar contas a seus apoiadores? Qual canal usar para criar esta ponte com a sociedade? Cada entidade tem seu orçamento e sabe quanto pode gastar, mas ter uma página no Facebook, uma fanpage no caso, a princípio tem custo zero e resolve bem as questões de comunicação. Segundo o próprio Facebook, mais de 60 milhões de brasileiros acessam a plataforma.
O ideal é investir pelo menos na criação da identidade visual da entidade e, com certeza, há muitos voluntários que podem auxiliar nesta tarefa. Uma foto de perfil que pode ser a logo e uma foto de capa que mostre a fachada ou alguma atividade bonita já são um bom começo. Depois, é preciso preencher da forma mais completa as informações como nome, endereço, horário de atendimento, história, propósito. É preciso lembrar que este será o primeiro contato, a primeira impressão.
É necessário ter uma página atualizada e com interação. De nada adianta postar um pedido de doação se ninguém responder as perguntas que vão surgir nos comentários ou até mesmo por mensagem privada. E organização é fundamental. Um novo acontecimento, como um bazar, merece a criação de um evento no Facebook. Aqui também é preciso deixar as informações completas: do que se trata, como será, quais são as regras, os dias e os horários.
Terminado o evento – o bazar neste caso – vale criar um álbum de fotos para mostrar como foi: as pessoas circulando, os produtos expostos, as vendas. Já começa aqui a prestação de contas. E, é claro, dizer o que foi arrecadado e o destino deste recurso. E não esquecer de agradecer a todos que participaram direta ou indiretamente. Sempre digo que quem presta contas tem crédito para pedir novamente.
O World Giving Index 2017, chamado de ‘ranking da solidariedade mundial’, mostrou que as doações em dinheiro dos brasileiros para organizações sociais caíram de 30% em 2015 para 21% em 2016. Mas o mesmo estudo trouxe uma grande esperança: mais da metade das pessoas ouvidas disseram ter ajudado um estranho. O brasileiro é um povo solidário.
*Artigo escrito por Carolina Cattani, jornalista com pós-graduação em Comunicação para o Terceiro Milênio e assessora de comunicação do escritório Arns de Oliveira & Andreazza Advogados e Associados.
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