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Projeto incentiva criação de abelhas nativas e geração de renda em Antonina
| Foto:
Arquivo SPVS
Abelha nativa Jataí

No litoral norte do Paraná, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba, moradores das comunidades de Antonina e Guaraqueçaba desenvolvem um projeto que comprova ser possível aliar conservação da biodiversidade à geração de renda. Com o apoio da SPVS, eles comercializam mel e extrato de própolis, produzidos por meio da criação racional de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultura).

O projeto começou em 2005 e, dois anos depois, resultou na formação da Acriapa (Associação de Criadores de Abelhas Nativas da APA de Guaraqueçaba). Atualmente, a Associação conta com 24 associados que veem a produção crescer a cada dia.

Marcelo Bosco, coordenador do projeto de incentivo a meliponicultura da SPVS, conta que a ideia surgiu nas oficinas de Educação Ambiental e foi vista como uma alternativa de incremento de renda aos funcionários das Reservas da SPVS no litoral norte do Paraná. “Por meio de reuniões e oficinas, as pessoas foram capacitadas para o manejo das abelhas nativas e receberam caixas adequadas para sua criação”, explica.

Segundo o coordenador, por serem menores, as abelhas nativas polinizam flores que as africanizadas, que são espécies exóticas, não conseguem. Além disso, a iniciativa evita que ocorra a derrubada de árvores para a retirada dos enxames ou do mel, já que as abelhas são criadas em caixas racionais.

Certificação inédita conquistada
Em dezembro de 2012, foi concedido na sede da ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), o certificado de registro do Mel de Abelha Sem Ferrão – Jataí (Tetragonisca angustula), tornando a Acriapa apta a comercializar o produto.

De acordo com Marcelo, desde 2005, quando o projeto foi iniciado, a certificação era uma meta. “Trabalhamos em conjunto com os órgãos competentes na criação de parâmetros de qualidade”, afirma. Vale lembrar que a autorização é inédita no Estado.

Agora a Acriapa prepara-se para submeter o mel de outras cinco espécies à aprovação do SIP (Serviço de Inspeção do Paraná)/POA (Produtos de Origem Animal).

Claudia Guadagnin

*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).

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