Que lugar o trabalho e o voluntariado ocupam na sua vida?

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Foto: Daniel Castellano – Arquivo Gazeta do Povo

Há uma semana foi comemorado o dia do trabalhador, e muito além dos conceitos e definições que a expressão trabalho possui, o convite é para uma reflexão sobre o lugar que o trabalho ocupa em nossas vidas, assim como outras atividades que também podem ser significativas. Partindo deste raciocínio o trabalho está entre as atividades mais importantes da existência humana e uma das principais fontes de significados na constituição da vida de todos.

Segundo Zanelli (1996), em seus estudos sobre aposentadoria, as pessoas articulam-se ao redor das atividades colaborativas, e do ponto de vista social o trabalho é um regulador da organização da vida humana: horários, atividades, relacionamentos pessoais, entre outras características conforme as exigências de cada atividade.

O trabalho sob a visão taylorista é compreendido de tempos e movimentos, onde predomina a atenção para o como fazer a atividade e os movimentos necessários à execução de uma tarefa, assim como o tempo médio para a execução.

A atividade profissional desempenha um papel importante nas nossas vidas não só como um meio de sobrevivência, mas também é um status social ao qual se associam às vivências. Dependendo da atividade pode estar isolado ou integrado em uma equipe, convivendo em diferentes modelos de gestão e ambientes.

Dentro de tudo isso que lugar o trabalho voluntário pode ocupar na sua vida?

“O voluntariado é uma atividade essencial ao exercício de cidadania que se traduz numa relação solidária para com o próximo, participando, de forma livre e organizada, na solução dos problemas que afetam a sociedade em geral”. (Decreto-Lei n.º 389/99, deDecre 30 de setembro).

Por ser uma atividade exercida de vontade livre com o objetivo de fazer o bem, de doação e entrega para o outro, executada de forma prazerosa, diferencia-se, na maioria dos casos, do trabalho que ocupa a maior parte do tempo de nossas vidas. Apesar do tempo que se dedica ao voluntariado ser menor os resultados obtidos, tanto por quem faz quanto por quem recebe podem ser de grande impacto e transformação. O voluntariado não remunera financeiramente, mas faz toda a diferença na qualidade de vida, possibilitando o desenvolvimento de habilidades e valores pessoais, que se estendem para a vida social e profissional.

Segundo o relato do Sr. Quintino Dagostin, 70 anos, artista plástico aposentado e voluntario há 18 anos no CVV – Centro de Valorização da Vida o voluntariado teve um reflexo positivo na vida dele em função da relação com o outro, servindo de exemplo para sua vida e aceitando as coisas como elas são e não como ele queria que elas fossem, entendendo que cada pessoa tem sua historia fantástica, porém muito dolorosa. E mesmo havendo conflitos ele passa a ver o lado positivo do ser humano.

Quem deseja fazer um trabalho voluntário e gostaria de saber mais informações sobre o que é o voluntariado ou instituições e locais que recebem voluntários pode procurar orientação e suporte de instituições especializadas nesse tema, como o CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba.

*Artigo escrito com a colaboração de Daniela Malta, Analista de projetos do CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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