Consumo responsável significa adotar uma postura ética na hora de consumir e adquir produtos: a ideia é não comprar algo produzido a partir da exploração de seres humanos e animais ou de danos ao meio ambiente.
Mas quem faz isso hoje? Quem, antes de ingerir algum alimento, reflete sobre como esse alimento foi produzido, sobre quanto e o que foi gasto para que isso chegasse até a nossa mesa? São poucas as pessoas que fazem essa ponderação, principalmente quando o alimento em questão é a carne.
O consumo exagerado de carne vai muito além da reflexão sobre a forma cruel e desumana que os abatedouros realizam seus trabalhos: hoje, consumir carne ou não, é uma questão de sustentabilidade!
O rebanho bovino no Brasil é de aproximadamente 200 milhões de cabeças de gado: 10 milhões a mais do que o número de pessoas que vivem no país. Os cereais utilizados para alimentar o gado seriam mais do que suficientes para alimentar a população humana da América Latina. Enquanto pessoas passam fome, 70% da soja plantada no Brasil é consumida por bois e vacas.
Com relação ao consumo de água, em média a produção de 1 kg de carne bovina consome 15 mil litros de água limpa. Em contrapartida, produzir 1 kg de cereal consome apenas 1.300 litros de água, ou seja, o cereal alimenta e faz tão bem quanto a carne e sua produção consome bem menos recursos naturais.
Esse mesmo 1 kg de carne desmata cerca de 10 mil metros quadrados de floresta e é responsável por 18% da emissão de gases capazes de destruir a camada de ozônio, acelerando o aquecimento global. Além disso, a pecuária foi a principal causa da devastação da mata Atlântica, da caatinga, do cerrado e também da Amazônia.
Conclusão: consumir carne exageradamente não é sustentável. Mas o que podemos fazer para reverter esse quadro? A resposta é: mudar os padrões de consumo!
Ao eliminar ou diminuir significativamente o consumo de carne, diminui-se ao mesmo tempo: o desperdício de água, de proteínas vegetais, o desmatamento, a desertificação, a extinção de espécies, a destruição de habitats e até de biomas inteiros. De quebra, ainda ajuda a diminuir o rebanho bovino e sua emissão de metano – o maior e mais poderoso agente do efeito estufa.
Tomado isoladamente, o gesto individual não tem resultado objetivo mensurável, mas quando é uma postura adotada por muitos, influi objetivamente nas condições do planeta.
Mais informações, acesse: http://www.institutoninarosa.org.br/