O relatório de sustentabilidade serve como um modelo de gerenciamento de ações, de forma que as instituições possam garantir e prestar contas de suas responsabilidades e impactos sustentáveis. Além de ser uma ferramenta de promoção do desempenho ambiental, econômico e social da organização, o relatório serve como protótipo de avaliação de desempenho da sustentabilidade, no que diz respeito às normas, códigos, modelos e propostas voluntárias. O modelo oferece suporte comparativo – como um Benchmarking – no desenvolvimento organizacional entre outras instituições.
As organizações e a sociedade geral têm se preocupado com a sustentabilidade em seu cotidiano. O cidadão passa a questionar as organizações sobre os seus processos de produção e serviços e elas, assim, cada vez mais, passam a atuar como agentes transformadores e responsáveis pelo cuidado do ambiente e da sociedade. É certo que a sustentabilidade é um assunto cada vez mais presente no desenvolvimento organizacional, mas é por meio da comunicação que o público irá obter conhecimento de suas práxis. A imagem corporativa passa a ser confiável se os cidadãos tiverem consciência real e detalhada de seu empenho, e não apenas que a organização adote uma postura sustentável.
Aliado a todo este novo cenário global, ao gerenciarem seus processos, as organizações passam a atentar também ao comprometimento junto às necessidades e interesses de seus parceiros, os stakeholders; adotando melhores práticas de governança corporativa e avaliando continuamente a influência de suas ações sobre a comunidade e qualidade de vida no trabalho.
A elaboração do relatório é uma iniciativa voluntária. É um projeto viabilizado por meio de um plano de ações, onde as organizações podem estruturá-lo de sua maneira. O modelo mais completo e mundialmente difundido atualmente é o da GRI- Global Reporting Initiative, embora existam outros.
Para Tiago Garcia, supervisor do escritório de projetos e um dos líderes do Projeto Relatório de Sustentabilidade do ISAE/FGV, o primeiro passo a ser realizado pelas organizações que querem desenvolver o relatório é a sensibilização. O articulador do processo deve, primeiramente, demonstrar à alta administração a importância do processo de relato. “Muito além de um instrumento de transparência e comunicação com as partes interessadas, o relatório de sustentabilidade deve ser visto como uma forma de se realizar um diagnóstico das forças e riscos corporativos”, ressalta Tiago. Para ele, a alta administração deve estar consciente de que o processo possibilita a melhoria contínua da organização no âmbito de sua própria gestão.
Nesse ano, o ISAE/FGV publicou o seu primeiro relatório, com a proposta de promover a formação de públicos conscientes para o desenvolvimento sustentável. Dentro do projeto, a Instituição valorizou o diálogo, a participação, o engajamento, a ação comunicativa e a visão sistêmica. Todos são apresentados enquanto elementos positivos da comunicação no âmbito da gestão da sustentabilidade, um dos pilares da organização.
*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, instituição parceira do Instituto GRPCOM.
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