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Muito se fala em reciclagem! No Brasil e, especialmente, em Curitiba já temos muitas pessoas trabalhando para reciclar, com foco nos carrinheiros ou cooperativas de reciclagem, mas praticamente nenhuma ação no sentido de reduzir a produção de resíduos sólidos.

Há pouco estivemos uma temporada na Alemanha, onde fomos moradores comuns de uma pequena comunidade. Por lá, todo e qualquer lixo tem destino e a postura das pessoas é no sentido de separar e evitar a geração de resíduo. Ao fazer compras no supermercado, as pessoas não têm acesso a sacolinhas e para transportar suas compras levam sua própria caixa e deixam no mercado toda a embalagem possível. Em casa, as pessoas têm duas lixeiras, uma verde e outra marrom com código de barras onde a empresa que coleta envia a cobrança de tempos em tempo. Na verde colocam os resíduos orgânicos, como plantas e flores, e na marrom colocam o lixo doméstico.

Na Alemanha podemos concluir que se trata de um povo educado e que faz as coisas direitinho do ponto de vista do desenvolvimento e organização humana, mas evidentemente esta educação não é de graça. Muito pelo contrário, quando você opta por colocar sua lixeira na porta porque não quer ter trabalho, paga mais caro.

No Brasil estamos na época das cavernas no que diz respeito à geração e à reciclagem de resíduos e, especialmente, na forma como o poder público trata o assunto.  Quando temos política de separação, o caminhão limita-se a passar nas casas recolhendo o que os carrinheiros não recolheram, deixando um rastro de resíduos pela rua, o que não é diferente do lixeiro comum, que passa de casa em casa recolhendo milhares de sacolinhas de mercado com lixo. Assim segue nosso país em pleno século 21, a mesma pequena e curta visão de mundo, até parece que nossos “administradores” não viajam…

 

*Artigo escrito por Esther Cristina Pereira – diretora da Escola Atuação e diretora de Ensino Fundamental do Sinepe/PR.

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