Os maiores patrimônios de qualquer organização são as pessoas, como também a riqueza das empresas está na somatória de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e experiências que cada colaborador possui, respeitando sempre suas limitações e condições físicas, sociais e econômicas, bem como seus históricos de vida.
Há cerca de um ano, a maior indústria de cosméticos do Brasil e que valoriza a beleza humana, localizada na região metropolitana de Curitiba, abriu processo seletivo na busca de um profissional especifico na área da Diversidade e Inclusão (D&I), o que me surpreendeu positivamente e na época me questionei da seguinte maneira: “Existe uma empresa que foca nas pessoas e reconhece as diferenças existentes entre uma e outra, extraindo seus potenciais?” Sim, isso existe e não é de agora.
Em grandes polos comerciais e industriais, como São Paulo/SP, a D&I já faz parte do DNA institucional há alguns anos, tanto é que no LinkedIn há muitas oportunidades de trabalho na área da Diversidade e Inclusão na capital paulistana.
É fantástico saber que esta realidade está se aproximando, iniciando ou até mesmo crescendo no meio empresarial de Curitiba e região, batendo de frente a uma crença pessoal de que as diferenças somam. Entre as tendências das profissões do futuro, o especialista em Diversidade e Inclusão será (como já tem sido) um dos cargos mais valorizados.
Li e ouvi entrevistas com profissionais de RH e que focam contratações e treinamentos vinculados à características comportamentais, conversei com pessoas ligadas às organizações que já adotam a D&I como estratégia competitiva e também conversei com os beneficiados por estas ações. Como resultado, quanto mais se valoriza a pessoa, mais ela se motiva e mais ela produz.
Entenda que surge a motivação no momento que o colaborador percebe as ações coletivas da empresa, sem qualquer discriminação, fazendo com que se sinta incluído nos processos. Os jovens de hoje em dia reconhecem quando a empresa trabalha a questão da diferença, os mesmos farão o possível para permanecerem naquele ambiente cuja cultura organizacional reconhece as pessoas como elas são.
O que era “novo” para mim, muito em razão que não se tratava de uma realidade presente na minha rotina profissional, embora já ouvisse falar sobre o tema, tornou-se uma “descoberta pessoal” muito interessante, permitindo-me conhecer pessoas incríveis que trabalham com a temática da Diversidade e Inclusão.
Ainda há um longo caminho a percorrer para quebrar as barreiras dos preconceitos no meio empresarial e para julgar menos alguém por ter um ponto de vista ou características diferentes, pois as diferenças existem e é dever dos gestores incluí-las nas organizações.
De fato a mudança começa a partir do momento em que a liderança da organização começa a se importar e a acreditar que a inclusão é capaz de se tornar uma estratégia competitiva. Diante disso, os liderados começam a seguir esta ideia e aos poucos a cultura organizacional vai se adequando a uma realidade exigida em um cenário de pessoas diversas em pensamentos, atitudes e sonhos.
Uma equipe diversa, além de produzir mais, terá ganhos em inovação e criatividade. É algo encantador unir as gerações X, Y e Z em um mesmo time, onde aqueles mais experientes possam aplicar suas sabedorias e os mais jovens possam contribuir com a facilidade tecnológica.
A diversidade está na pessoa idosa, na pessoa com deficiência, na comunidade LGBTQIAP+, na pessoa negra, no índio, nos refugiados, na população carcerária e inclusive no individuo considerado “normal”. A sociedade é diversa e há espaço para todos e todas. A realidade nos obriga estarmos de mente aberta para receber as diferenças, mesmo que o histórico da humanidade não tenha nos preparado para sermos inclusivos. A inclusão é uma decisão diária, um aprendizado constante e algo que tem que partir de cada pessoa.
Pensar diferente é essencial para a organização, oxigena o ambiente para novas ideias e iniciativas, gera riquezas em conhecimento e vivencias diversas, possibilitando enxergarmos uns aos outros de forma respeitosa. Portanto, que possamos cada vez mais respeitar as diferenças e promover a inclusão nas organizações e na sociedade.
*Artigo escrito Diego Hatschbach Ferreira, dos Amigos do HC e membro do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial é colaborador voluntário do blog Giro Sustentável da Gazeta do Povo.
**Quer saber mais sobre cidadania, educação, cultura, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom e Instagram: instagram.com/institutogrpcom
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Maduro fala em usar tropas do Brasil para “libertar” Porto Rico; assista ao Sem Rodeios
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Claudia Leitte e o nome de Jesus: um caso de perseguição religiosa
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS