Nos últimos três meses – ou seja, desde que me mudei de Curitiba para Nova York para estudar – tenho me deparado com as mais diferentes questões de sustentabilidade. No mês passado, escrevi sobre como a sustentabilidade é também uma escolha que impacta o bolso, especialmente em dólar. Este mês, não tive muita escolha sobre o meu tema, já que foi ele que me escolheu: por três dias tive que sobreviver sem eletricidade em casa. Sim, isso é possível!
Felizmente não foi uma questão de pagamento de contas. Infelizmente, foi uma questão de abuso. Aparentemente, quando duas pessoas usam ao mesmo tempo a luz em dois quartos, um computador, um aparelho de som, um aquecedor, um secador de cabelo e um micro-ondas a eletricidade do apartamento não aguenta o tranco e para de funcionar.
Será isso culpa do apartamento ou culpa de dois estudantes que nunca precisaram aprender a economizar energia? Como o apartamento não é um ser animado que toma decisões, não posso colocar a culpa nele. A culpa então, sobra para os moradores. Será que precisávamos de tantas coisas ligadas, todas ao mesmo? De uma forma, a falta de eletricidade veio a calhar para me ensinar que sempre precisamos pensar no coletivo e aprender a existir em um mundo mais sustentável, (por sorte, nosso abuso não prejudicou mais ninguém no prédio).
Não se preocupe, não vou propagar aqui o ponto de vista que temos, sobre viver sem eletricidade. Muito pelo contrário! Justamente por que gosto tanto dos confortos da vida moderna é que espero que sempre tenhamos os recursos necessários para viver assim. O meu ponto é que podemos (devemos, devo!) viver melhor e mais economicamente com nossos recursos.
Aparentemente, o superintendente do prédio concorda com esse ponto de vista, já que se esquivou e demorou o máximo possível para ir até o gerador e fazer aquela mágica que, ao apertar o interruptor, nos devolveu ao mundo moderno.
*Artigo escrito por Lívia Lakomy, integrante da Associação Mensa Brasil, parceira do Instituto GRPCOM.
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