As organizações são construídas pelas pessoas e são as pessoas que fazem a história das organizações.
Embora notória a precedente constatação, estranhamente, as mesmas Pessoas que constroem as organizações são, na maioria das vezes, esquecidas pelas organizações. Entretanto, é sempre necessário, para se garantir sustentabilidade das organizações, contar as contribuições de cada colaborador seja ele um atual participante, um egresso, um já aposentado ou falecido.
No atual mundo disruptivo e da inovação em que vivemos, o qual nos obriga a resiliência constante, as organizações necessitam manter vivas suas histórias garantindo o conjunto das correspondentes informações para não serem perdidas.
Inúmeras são as formas de se contar a história conjunta dos colaboradores e das organizações. Uma das possíveis maneiras é criar espaços virtuais nos quais sejam apresentadas a história de cada um dos construtores durante a linha de tempo de existência das organizações. Nestes espaços pode-se contar, com algum grau de detalhamento, a história de TODOS que ajudaram e ajudam a construir a identidade institucional das organizações.
Registrar e divulgar a história dos colaboradores nas organizações é um determinante da responsabilidade social corporativa que possibilita manter motivadas as equipes e ajuda a promover estratégias para maior integração dos grupos de forma a ampliar os potenciais das organizações uma vez que as pessoas são a alma das organizações. Tornar explícito (por meio da história) o empenho, engajamento e paixão de cada colaborador que contribui para o desenvolvimento da organização são elementos fundamentais para o sucesso da própria organização.
Servir-se de processos que permitam conhecer a história dos colaboradores nas organizações é um importante fator de humanização para contrabalancear conflitos e potencializar possibilidades. Fazer todos enxergarem que cada um tem sua importante contribuição no desenvolvimento das organizações é um poderoso transformador que auxilia no sucesso da organização, estimula o potencial de cada um e amplia possibilidades no campo corporativo.
As organizações podem construir repositórios nos quais sejam armazenadas informações sobre cada um dos colaboradores. Nestes repositórios seriam listadas todas as contribuições (das mais simples às mais complexas), independentemente das funções, dos cargos, se o colaborador está na ativa ou já é aposentado, se não mais na organização ou é falecido, de forma a contemplar toda a evolução da organização. O importante é que os repositórios em referência sejam acessíveis a todos os colaboradores a qualquer tempo.
Como se sabe, a história sempre foi uma “mãe” severa com aqueles seus “filhos” que não se preocupam em registrar e guardar adequadamente informações que venham provar a passagem destes mesmos “filhos” pela Terra. Não ter a história das organizações registradas é contribuir para o esquecimento de seus colaboradores e, por conseguinte, apagar a história das mesmas organizações.
Outro ponto importante a considerar é que não bastam os registros sobre os cargos ou as deliberações daqueles colaboradores que foram gestores “maiores” nas organizações. É freqüente esquecer que sem o trabalho individual de cada colaborador não se faz a organização e não haveria história alguma a ser contada e muito menos a própria organização. Os RH (Recursos Humanos) 4.0 disruptivos já se deram conta desta exigência e passam a promover e ressaltar a existência de todos nas organizações.
Hoje devido ao encurtamento das distâncias entre as pessoas e aos avanços tecnológicos novos desafios surgem a cada dia para as organizações. Assim sendo, é mais do que crucial o efetivo relacionamento com todos os grupos de trabalho que são cada vez mais diversificados nas organizações para promover o trabalho em equipe com colaboradores cada vez mais distintos e representativos das diferenças existentes na sociedade.
Há de se salientar, ainda, que a sustentabilidade na diversidade ganha força nas organizações ao se por em evidência a história distinta de cada colaborador, pois ao valorizar o colaborador por meio de sua história no desenvolvimento da organização esta mesma história induzirá o colaborador a permanecer por mais anos trabalhando na organização com maior satisfação, produzindo mais e melhor.
De outro lado, contar a história do colaborador no desenvolvimento das organizações é respeitar o profissional em seu saber, sua expertise e força laboral, constituindo relevante elemento de aprendizado nas organizações.
* Artigo escrito por Carlos Magno Corrêa Dias, Professor, Pesquisador, Extensionista, Gestor, Escritor, Conselheiro do Conselho das Mil Cabeças da CNTU, Coordenador do Núcleo de Instituições de Ensino Superior e Conselheiro do CPCE do Sistema Fiep, Editor-Chefe da Revista Entelechia Logicae, Editor-Chefe da Revista Systemata Cogitandi, Coordenador (Líder) do Grupo de Pesquisa em Lógica e Filosofia da Ciência (GPLFC/CNPq) e Coordenador (Líder) do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Tecnológico e Científico em Engenharia e na Indústria (GPDTCEI/CNPq). O Professor Carlos Magno Corrêa Dias é colaborador voluntário do Blog Giro Sustentável.
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