
Sustentabilidade e inovação têm um fator em comum: ambos os conceitos estão associados à sobrevivência, em qualquer âmbito que sejam aplicados. Falar em uma “iniciativa sustentável” inevitavelmente se refere a uma ação que pretende se manter equilibrada (sustentar-se) em algum período de tempo. Inovar, por sua vez, é o que possibilita resolver problemas, alçar-se a novos patamares de tecnologia, conhecimento ou desempenho. Com a devida ressalva de que nenhum deles é um fim em si mesmo. Afinal, não se faz inovação apenas para inovar, assim como não se pensa ou se pratica a sustentabilidade apenas para posar de bacana ou constar no relatório anual da empresa.
Os conceitos são ferramentas que, se adequadamente compreendidos e utilizados, permeiam o pensamento e o comportamento pessoal ou empresarial, direcionando-os de acordo com as diretrizes – pessoais ou corporativas. Atendo-se ao universo empresarial, a inovação e a sustentabilidade são parte das premissas que a organização adota, de modo que as práticas se moldem com o tempo e, com a maturidade dos processos e das pessoas, passem a ser, por assim dizer, “naturais”, inserindo-se no DNA da organização e fazendo parte do processo decisório, não mais como uma imposição do mercado ou dos acionistas, mas como um requisito racional incorporado às pautas de decisão e compreendido por toda a organização em suas várias instâncias.
Neste suposto grau de desenvolvimento, a geração de soluções, tanto para o mercado como para os desafios internos, assim como a adoção de critérios de seleção baseados no tripé “ambientalmente correto-socialmente justo-economicamente viável”, passa a ser uma rotina praticada em todos os níveis, assegurando pelo menos a possibilidade de permanência no cada vez mais duro mercado competitivo. Imaginar que isso possa ser feito não é descolar-se da realidade, mas estar atento a ela, já que as exigências externas (mercado, acionistas, consumidores, sociedade, órgãos reguladores) se alinham cada vez mais com esse modo de pensar, direcionando, então, a atenção do empreendedor para tais conceitos.
Não à toa se percebem, em número cada vez maior, diversas iniciativas e empreendimentos que se utilizam dessa pauta para alcançar novos mercados e, claro, novos patamares de desempenho. Afinal, no cenário globalizado do mercado atual, exige-se que a gestão se adapte aos novos requisitos. Associe-se o avanço das informações instantâneas e a necessidade de soluções rápidas, percebe-se que as mudanças organizacionais forçam a empresa não somente a mudar sua forma de atuar, mas também a forma de investir. Empresas criativas obtêm melhores rendimentos e notoriedade no mercado, e consequentemente, aumentam suas chances de sucesso.
Em contrapartida, as empresas que não apostam em novas tecnologias e soluções estão mais propensas a falhar ou, no mínimo, a serem suplantadas pela concorrência. Por exemplo, veem-se iniciativas recentes associando inovação e sustentabilidade relatadas em https://futuroexponencial.com/inovacoes-tecnologicas-sustentavel/ que ilustram o cenário. São ideias de soluções práticas para problemas atuais, como limpeza dos oceanos, chaminés ecológicas, flores robóticas para auxiliar as abelhas na polinização e projéteis e legos biodegradáveis.
Para não ficar a impressão de que essas iniciativas se resumem a “startups” de imberbes com o rosto cheio de espinhas, pode-se citar diversas iniciativas que promovem e divulgam a inovação e a sustentabilidade em empresas grandes, renomadas, como as do Instituto Ethos, do Sistema S e da Bolsa de Valores. O ponto em comum é a associação da valorização da empresa com seu desempenho a partir de sua postura em relação aos anseios do mercado e da sociedade. Por óbvio que falar é fácil e fazer é que são elas. Mas, como já se sabe, é preciso dar o primeiro passo.
*Artigo escrito por Rômulo Viel, Eng. Químico, especialista em sustentabilidade e colaborador da Unilivre.
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