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Tamanduá-bandeira é fotografado em reserva no Paraná

Eveli Tiago / SPVS
O funcionário que trabalha na área, Eveli Tiago, fotografou os mamíferos, em meio a vegetação, durante uma ronda de rotina à propriedade localizada no município de Tibagi. É muito incomum encontrar essa espécie nos ecossistemas do Paraná e quando avistada indica que as áreas estão em bom estado de conservação.

O registro fotográfico de espécies raras e ameaçadas de extinção é um fenômeno não muito comum, mas a presença dos animais em áreas protegidas é certa. Prova disso, é o flagrante de um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) adulto e um filhote, espécie em risco de extinção, que foram avistados na reserva Salto Cotia, em Tibagi-PR. A área é adotada por um projeto de conservação de áreas naturais desenvolvido pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) em parceria com a HSBC Seguros.

O tamanduá-bandeira está classificado na categoria Criticamente em Perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado do Paraná, publicado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e, de acordo com os critérios específicos, aparece sob um risco extremamente alto de extinção na natureza. As principais causas, segundo especialistas, são a redução e destruição dos ecossistemas, perda de fontes alimentares, poluição dos ecossistemas terrestres, modificação dos ambientes naturais para o desenvolvimento de áreas agrícolas, queimadas, atropelamentos, ataque por cães e caça predatória.

A espécie é a maior representante da família Myrmecophagidae e pode atingir até 2,20m de comprimento e pesar mais de 45kg. É reconhecida por seu tamanho, cauda grande, focinho longo e cilíndrico e pela coloração característica da pelagem, composta por uma faixa diagonal preta de bordas brancas, com pêlos grossos e compridos.

Com baixo potencial reprodutivo, o período de gestação do tamanduá-bandeira é de aproximadamente 190 dias, nascendo apenas um filhote por vez. A mãe carrega a cria no dorso por cerca de um ano, quando chega a pesar entre 14 e 17 quilos, período em que passa a se alimentar sozinho.

Para garantir a manutenção da biodiversidade e a sobrevivência dos tamanduás-bandeiras e de outras espécies raras e ameaçadas de extinção, a conservação de áreas ainda intactas dos ecossistemas de ocorrência desses animais deve ser constante. Só assim os nossos filhos, netos e bisnetos poderão conhecer um tamanduá-bandeira.

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