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O feriado de carnaval mal terminou, mas já é possível contabilizar um número muito ruim, referente à quantidade de acidentes e de mortes nas estradas federais brasileiras. De sexta-feira até às 23h59 de ontem (terça) – o que não inclui o tráfego da madrugada nem da quarta-feira de cinzas, que é também bastante intenso – a Polícia Rodoviária Federal já registrava 189 mortes e 2.152 pessoas feridas em 3.653 acidentes, números maiores do que os registrados no ano passado, nos seis dias de operação.

O aumento do número de mortes (32% a mais do que em 2010, o maior registro dos últimos quatro anos no país) é o que mais assusta e leva a pensar no que pode ser feito para que, no ano que vem, as notícias sejam melhores. É claro que, com mais carros nas estradas, a possibilidade de acidentes é maior. Por outro lado, o feriado de carnaval costuma ser mais violento não só nas estradas como também nas ruas das cidades ao envolver fatores característicos de eventos festivos, como o consumo de álcool e de outras drogas.

– Não se pode dizer que faltem campanhas e mensagens de conscientização… Mas será o suficiente?

Na Inglaterra, a Comissão de Acidentes de Trânsito (TAC) pegou firme em campanhas que começaram a ser veiculadas em 1989 e que, 20 anos depois, foram compiladas numa só, editada num vídeo, ao som da música “Everybody Hurts” (“Todo mundo se machuca”), da banda R.E.M:

O material é pesado, mas os resultados são bons: em vinte anos, o número anual de acidentes fatais caiu de 776 para 303 – “e ainda há muito pela frente”, pensam eles. Tudo bem que a quantidade de carros e de pessoas por lá são menores, que não se comemora carnaval como aqui… Mas ninguém pode dizer, por exemplo, que os ingleses não consomem muito álcool, pelo contrário!

De qualquer maneira, o que importa é a redução proporcional obtida por lá, um imenso contraste com a nossa realidade, em que a cada ano os números, ao invés de melhorar, são ainda piores.

E você, o que acha? Devemos seguir o mesmo exemplo, com campanhas ainda mais pesadas de conscientização? Ou então, qual a solução para que consigamos reduzir os números de mortes e acidentes nas ruas e rodovias brasileiras?

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