Hoje há mais de seis bilhões e oitocentas mil pessoas sobre a Terra. Em 2050, podemos chegar a nove bilhões. O crescimento acelerado da população mundial nas últimas décadas, assim como a expansão do modelo capitalista (e consumista) são apontados como alguns dos maiores causadores do aquecimento global e responsáveis pela redução significativa de recursos naturais.
O argumento é fundamentado na crescente demanda causada pelo aumento no número de pessoas e consequentemente de busca por bens de consumo, principalmente nos países em pleno desenvolvimento como a China, a Índia e o Brasil (que estão no ranking dos cinco mais populosos).
Mas você deixaria de ter filhos para preservar o planeta? Afinal uma pessoa a menos na terra corresponde a uma economia generosa de alimentos, combustíveis, energia elétrica, medicamentos, roupas, etc.
A simplicidade dessa equação não reflete as discussões e polêmicas em torno do tema. Há inúmeros argumentos religiosos, políticos e econômicos contrários à ideia de frear o crescimento populacional.
Pode parecer óbvio para os governos e organizações ativistas de países desenvolvidos (dos quais muitos já passam a ter decrescimento da população) que é necessário deflagrar campanhas educativas que estimulem o controle da natalidade nas nações menos desenvolvidas.
Mas essa constatação é tão direta, e talvez restrita, quanto perceber que os hábitos de consumo dos habitantes dos países desenvolvidos geram um impacto ambiental até cinco vezes maior que de um habitante de país em desenvolvimento (em média). O que não tira a responsabilidade de cada qual, com as suas características, arregaçar as mangas e fazer a lição de casa urgentemente.
Afinal, a polêmica gerada pelo controle de natalidade não é nova, opiniões divergentes e discussões calorosas ainda vão dar muito que falar.
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