Por Elaine de Lemos
Há 11 anos acontece em Curitiba, no fim de semana do 12 de outubro, a festa da Imigração Latino-americana, promovida pela Pastoral do Imigrante e pelas comunidades dos vários países que aqui se estabeleceram. Os últimos que chegaram foram os haitianos, gente muito simpática – e como dançam! Aliás, a parte de danças e música da festa por si só já vale a viagem até o Bosque São Cristóvão.
Meu primeiro contato com a cultura latino-americana foi tendo aula de zampoña no Solar do Barão, na minha fase bicho grilo de poncho e conga. Por conta disso, admito que adoro de Violeta Parra até Shakira… Nas aulas de zampoña, fiz amizades que perduram até hoje, e olhe que já são 30 anos.
De lá para cá, o fascínio pela cultura desses países só aumentou, andando lado a lado com a vontade de comer o que eles comem. A influência espanhola também contribuiu pra coisa ficar interessante. Das empanadas, que são uma espécie de mãe gastronômica – cada país tem a sua – ao ceviche peruano, passando pelo meu anticucho (espetinho de coração de boi MUITO temperado) as arepas colombianas (que lembram, na aparência, a nossa tapioca), os lomitos, tamales, mouros e cristianos, choripan (o clássico pão com linguiça) enfim, é uma variedade nervosa de comidas boas, feitas pelas famílias que fizeram suas vidas aqui.
Tão bom quanto experimentar sabores e temperos diferentes é a chance conhecer e trocar impressões com pessoas vindas de países vizinhos. Falando sobre futebol com o Andrés, da barraca colombiana, ficamos sabendo que o torcedor do Santa Fé adotou o Corinthians ao chegar ao Brasil, cinco anos atrás. Já na barraca paraguaia, o pessoal é Olímpia desde criancinha e Atlético pras bandas de cá.
Cada ano que passa a festa vai ficando mais reconhecida, e que assim siga!
Quem perdeu, só depois da Copa do mundo… Tres vivas por La America Latina!!!
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