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Jusita

Fome… (FOTO: Guilherme Caldas) (Foto: )
Jusita, o lugar, o mito. (FOTO: Guilherme Caldas)

Jusita, o lugar, o mito. (FOTO: Guilherme Caldas)

Eu não lembro direito, mas acho que a primeira vez que ouvi falar no (na?) Jusita foi por obra e graça do Délio Canabrava, chef de cozinha, desbravador e entusiasta das ogrices culinárias de Curitiba, região e além. Como quase nunca vou para aqueles lados de Campo Largo, a dica acabou ficando meio esquecida até que, neste domingão, resolvi testar as qualidades do novo membro da família: uma Mountain Bike que atende pelo carinhoso nome de “Possante”.

Com a idéia de pegar a Estrada da Sereia me muni da Possante e me enfiei pelas estradas de terra da Capital da Louça. Como parada final e bônus, aproveitaria para conhecer a (o?) Jusita.

Mas, tal como o Pernalonga naquele episódio do Homem das Neves, acabei fazendo uma curva errada e acabei trocando isso:

Colônia Rebouças – Campo Largo (FOTO: Guilherme Caldas)

Colônia Rebouças – Campo Largo (FOTO: Guilherme Caldas)

Por isso:

Nhé… (FOTO: Guilherme Caldas)

Nhé… (FOTO: Guilherme Caldas)

Mesmo assim, saí perto do trevo de Campo Largo. Foi só encarar a ladeira da Rondinha e chegar na Jusita.

Fome… (FOTO: Guilherme Caldas)

Fome… (FOTO: Guilherme Caldas)

Lá, mandei vir polenta com linguiça e ovo, o clássico da casa. Se você nunca pedalou em estrada de terra, eu te digo: dá uma fome de leão. Muito mais do que andar no asfalto.

Só quem já encarou um terrão com lua no lombo entende a maravilha que é sentar numa boa mesa e mandar ver uma pratada como aquela. A polenta com linguíça e ovo da Jusita é uma delícia, digna de figurar desde sempre entre os clássicos da ogrice local. E foi na medida certinha da minha fome o que, em condições normais, significa que é uma porção a ser encarada apenas pelos mais esfomeados.

Depois de comer muito (e bem), aproveitei para matar a curiosidade sobre o nome. A balconista me contou que é a junção dos apelidos dos proprietários, Jusi e Zita (José Carlos e Rosarita, respectivamente).

Ela também me mostrou a linha de conservas e geléias da casa, produzidas pela própria dona Rosarita, que compra os ingredientes de produtores da região e de algumas cidades da região metropolitana de Curitiba. Exceto os pepinos usados para fazer o pepino azedo, que é a própria dona Rosarita que cultiva.

Mais fome… (FOTO: Guilherme Caldas)

Mais fome… (FOTO: Guilherme Caldas)

Não cheguei a experimentar – estava sob o efeito da polenta com linguiça – mas a verdade é que eu só não levei comigo uns três vidros por que não ia ter como levar na bike. Acabei me contentando com uma goiabada cascão (vinda de Minas) pra passar a semana.

Noves fora, nem o trecho de rodovia, que eu achei bem mais tenso do que o trecho que vai para o litoral, estragou o prazer de percorrer um caminho diferente do usual e de, finalmente, conhecer esta lenda da culinária local.

Assim que puder, vou tentar novamente percorrer a Estrada da Sereia, sem curvas erradas, espero, e presentear a mim mesmo com uma boa comilança estradeira na Jusita.

(Ah, sim. Quem achar que Campo largo é longe, pode provar a polenta com linguiça na filial deles na Comendador Araújo, entre a Brigadeiro Franco e a Visconde do Rio Branco)

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Serviço

Jusita

Matriz:
BR 277, Km 114 – Campo Largo (localize no nosso mapa)
(41) 3555-2236

Filial:
R. Comendador Araújo, 415 – Centro – Curitiba (localize no nosso mapa)
(41) 3026-2502

Aceita cartões

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