Coisa boa que foi lembrar do Kibe da Boca – sempre muito bem recomendado – quando chegou a hora de matar um tempo no fim da tarde. Fica ali na Galeria Tijucas, entre relojoarias, lotéricas e outros comércios.
Não é muito espaçoso, e a quantidade de gente faz o lugar parecer ainda menor, mas tudo certo. Cliente saindo pelo ladrão, em geral, é bom sinal. Fiquei com a impressão de que o Kibe da Boca é regido por uma certa etiqueta, uma regra não escrita, em que as mesas funcionam num esquema de alta rotação: quem acabou de comer já vai saindo pra dar lugar a quem chega.
O kibe é excelente mas acabei me atracando mesmo foi nas esfihas abertas – tem de frango e carne – que vêm com uma pincelada de ovo na massa. Coisa finíssima, ainda mais acompanhada de uma pimenta, meio vinagrete, que dá vontade de comer de colher.
Na volta, vi que eles tem uma filial na praça Generoso Marques, mais espaçosa. Mas mesmo que tivesse visto o lugar na ida, não teria feito diferença. A graça para mim, cliente de primeira viagem, está em conhecer o original.
Enquanto caminhava naquele início de noite pelo centro, outra idéia que me veio foi que hoje, de certa maneira, fiz um percurso culinário entre os dois extremos da Ásia, já que havia almoçado no Miyako (restaurante japonês que figura, faz tempo, entre os preferidos da casa). E é uma coisa muito boa viver num mundo do futuro em que podemos provar um pouco da comida de lugares tão distantes.
Bem melhor do que aquele futuro meia-sola, com carros voadores, que nos prometeram durante tanto tempo no século 20.
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Serviço
Kibe da Boca
Aceita cartões
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