FHC e Lula almoçaram juntos na casa do ex-ministro Nelson Jobim.| Foto: Reprodução/ Twitter
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Duas coisas não podem ser auditáveis de jeito nenhum no Brasil: voto e pesquisa eleitoral. Se começa essa mania de auditar tudo vai estragar esse movimento bonito da volta do bom ladrão.

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As pesquisas estão em festa. Lula está disparado no coração do povo que ele roubou, traiu e humilhou – porque todo mundo sabe que brasileiro é masoquista e acha que vale a pena ver de novo a cara da desgraça. A maior recessão da história até a pandemia foi provocada por um coquetel sublime de demagogia populista, incompetência e ladroagem – mas a elite perfumada que faz as pesquisas eleitorais (e interpreta a vontade do povo) acha que foi pouco. Trauma é só para quem perde o emprego e a certeza de que vai comer amanhã.

Ninguém está aqui para perder tempo com esses traumatizados – que não percebem a beleza do reencontro entre FHC e Lula, numa espécie de lavanderia sociológica de reputação. A elite perfumada e de ótimos modos já se vacinou contra o remorso. Pra frente é que se olha. E o que os olhos não veem o coração não sente – nem facada nas costas da população. Num ato único e límpido, FHC assinou embaixo do maior assalto da história. Na foto com o bom ladrão ele estava de máscara, porque mostrar a cara numa hora dessas também já seria demais.

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Lula tem 800% das intenções de voto e se as eleições fossem hoje as urnas iriam explodir de tanto amor. É por isso que o companheiro Barroso não quer o voto auditável. Vai dar muito trabalho para contar quase 1 bilhão de votos. Melhor deixar quieto.

O homem de 1 bilhão de votos não pode sair na rua. Não é que ele tenha medo de ovos e tomates. É empatia. Os princípios de segurança sanitária são claros: se você roubou o povo e todo mundo viu, fique em casa.

O certo seria fique na jaula. Mas isso é para quem não tem os amigos certos. Tá aí outra virtude do Lula que o faz disparar nas pesquisas: é bem relacionado. Mas não fique achando que isso é uma referência àquela turma braba dele – Bumlai, Vaccari, Delúbio, Cerveró, Duque, Erenice, Rosemary, Gedimar, Valdebran, Valdomiro, Valério, Suassuna, Odebrecht, O da Brecha, O da Broca, O da Truta, O da Mala, O do Dóla, O do Euro e grande elenco. Acabou isso.

O sucesso de Lula em todas as pesquisas se deve às suas novas relações – e a foto histórica com FHC mostra que ele mudou de turma. Esquece política. FHC aí é só um outdoor – a lavagem sociológica, como já referido. A turma nova do Lula nem é do Lula. Ele é que é o despachante dela. Os críticos distraídos estão aí enguiçados no repúdio aos “vermelhos”, aos “esquerdistas”, aos “petistas”, etc. Bobos! Crianças de colo! Lula hoje é a cartada do clube dos ricos. Esses que estão aí quebrando as pernas da democracia mundo afora com cara de éticos, empáticos e toda essa cartilha imunda de falsas virtudes.

Esquece cartel de empreiteiros e selvageria associada. Os ex-sócios de Lula são mendigos perto dos impecáveis androides do clube da felicidade 2030 – com seus nerds bilionários e seus prepostos do capitalismo pirata chinês.

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Lula vem aí para quebrar as pernas da democracia. Não é mais líder de nada. É o preposto. Claro que milhões de pessoas nas ruas num Primeiro de Maio pedindo eleições limpas e voto auditável não apareceram nas páginas e nas telas dos veículos que mostram Lula eleito. Eles têm a notícia pré-datada. Inauditável.

A dúvida é se o Brasil vai se deixar embrulhar para presente.