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Guilherme Fiuza

Guilherme Fiuza

O genocídio que os empáticos não viram

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: JHONN ZERPA / AFP)

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A ONU reconheceu os crimes contra a humanidade da ditadura venezuelana. É um reconhecimento marcado pela agilidade, tendo levado apenas uns dez anos para captar as atrocidades do chavismo fantasiado de democracia progressista. Uma década não é nada para quem não estava sendo escalpelado por Hugo Chávez e Nicolás Maduro na fila do papel higiênico.

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O regime sanguinário que começou a ser implantado na Venezuela na virada do século talvez seja o que mais teve o apoio de gente boazinha na história da humanidade. Hollywood achava Hugo Chávez uma graça e personalidades como Oliver Stone e Sean Pen foram lá beijar a mão dele. Isso foi uma maravilha para que esses bandidos gente boa pudessem arrebentar com o povo venezuelano em paz, sem nenhum enxerido para atrapalhar.

O Papa Francisco assumiu seu cargo praticamente junto com Nicolás Maduro – com a renúncia de Bento XVI e a morte de Hugo Chávez, em 2013. O máximo que Francisco fez nesse percurso, além de abençoar Maduro, foi pedir à oposição venezuelana que se esforçasse pelo entendimento nacional. Um pedido providencial de esforço diplomático aos trucidados.

Recentemente, com a devastação ditatorial consumada – a ponto de o povo venezuelano começar a fugir em massa do seu país – o Papa disse que Maduro não cumpriu o combinado. Esses assassinos são muito desobedientes mesmo, não dá para combinar nada direito com eles.

Depois de enterrar dinheiro roubado do contribuinte brasileiro na ditadura chavista (com apoio de parte da elite esclarecida daqui) e de ser tirado da prisão por seus parças do STF, Lula foi recebido pelo Papa Francisco no Vaticano para uma “reunião contra a fome”. Francisco e Lula estavam sorridentes na foto. O povo massacrado da Venezuela certamente não sorriu com eles. E a ONU estava ocupada escalando Michelle Bachelet para espalhar que o Brasil estava caindo na ditadura. Cada um na sua.

Essa sofisticada orquestra do silêncio protetor à ditadura sanguinária de Maduro contou, é claro, com todos os tenores da resistência de auditório brasileira. Essa intelectualidade burguesa metida a progressista, que sanciona candidatura presidencial de suplente de presidiário, nunca gritou contra a devastação chavista. Todos os hipócritas com suas tinturas petistas, psolistas e outros meios-tons de disfarce humanitário contribuíram com sua distração calculada para que o pupilo boçal de Hugo Chávez pudesse manter sua fachada de revolucionário contra a opressão yankee.

Agora a Organização das Nações Unidas vem reconhecer que esse regime e seus líderes perpetraram crimes contra a humanidade. Olhe em volta e procure a indignação dos humanistas brasileiros que passam 24 horas alertando para o perigo da ditadura. Você não vai encontrar nada. Eles estão ocupados no zoom, patrulhando quem vai à praia.

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