O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)| Foto: José Cruz/Agência Brasil
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A liderança do PT já deve estar calculando o tamanho do prejuízo político caso se confirmem os cenários das eleições do próximo domingo. O partido deve perder a disputa para a prefeitura de quase todas as capitais do país em que tem cabeça de chapa. São treze ao todo: Aracajú, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Teresina e Vitória. Nessas, as únicas que contam com candidatos competitivos são Fortaleza, Teresina, Goiânia e Porto Alegre. E em nenhuma há certeza de vitória.

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Uma pesquisa realizada pela CNN Brasil junto ao Instituto Ipespe aponta que dos dez candidatos mais rejeitados, quatro são do PT. Maria do Rosário, que concorre em Porto Alegre, lidera o indicador negativo com impressionantes 54%. Na sequência vem Luciano Cartaxo, em João Pessoa, e João Coser, em Vitória, ambos com 51%. Por fim, Adriana Accorsi, em Goiânia, com 43%. A aversão do eleitor médio aos nomes do PT compromete a capacidade mesmo dos bem posicionados em vencerem nos cenários de segundo turno das eleições municipais.

Em Porto Alegre, a rejeitadíssima Maria do Rosário aparece em 2º lugar nas pesquisas, mas vê seus índices caírem em comparação aos de Juliana Brizola, do PDT. É não é pequena a chance de, num movimento de voto útil na semana final de campanha, ela acabar de fora do 2º turno. O eleitor de esquerda que não quer reeleição de Sebastião Melo, do MDB, parece inclinado a fazer uma escolha pragmática, talvez ciente de que votar na petista é o mesmo que entregar ao atual prefeito da cidade a vitória de mão beijada.

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A eleição dos candidatos do PT é difícil até para aqueles que aparecem com melhor intenção de voto que Maria do Rosário. É o caso de Fabio Novo, candidato do partido em Teresina. Ele aparece com 40%, empatado com Silvio Mendes, do União Brasil, mas acabaria também derrotado no 2º turno. E o mesmo ocorre em Teresina, em que Adriana Accorci está empatada em 1º lugar no 1º turno, mas perderia por ampla margem (50% a 35%) na 2º turno.

O antipetismo ainda é um fenômeno político latente na sociedade brasileira. Mesmo que as eleições municipais não necessariamente lancem luzes sobre cenários nacionais futuros, é inequívoco que uma derrota consistente, principalmente nos grandes centros urbanos, pode ligar um sinal amarelo no Palácio do Planalto e no PT. O risco é de que o partido de Lula seja dizimado nas majoritárias das capitais, dificultando uma reeleição do atual presidente em 2026.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]