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As eleições de 2018 prometem ser animadas. Os candidatos que têm se apresentado ao distinto público se parecem muito com os jurados do Show de Calouros do SBT, áureos e imorredouros tempos que não voltam mais. Pelo menos aqueles jurados, daqueles tempos, eram inofensivos.

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Pois agora entra no certame a bonitinha, mas comunista, Manuela D’Avila. O Partidão do Brasil parece ter desistido de integrar coligações espúrias e resolveu que, se for para fazer merda, ele faz sozinho. Ele já sabe sentar no peniquinho sem o Lula.

O PC do B publicou nota afirmando que a deputada tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torna-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.

Não sou daqueles para quem toda esquerda é comunista. Existem linhas doutrinárias possíveis da esquerda que não compactuam com o comunismo. Sem descer a pormenores, para certa esquerda, minimamente civilizada, o Estado tem papel a cumprir como um dos agentes políticos ou sociais. Ser de esquerda, portanto, nesse sentido, não é querer estatização dos meios de produção, morticínios e outras amenidades.

Mas não é o caso do comunismo em sentido estrito. Que em 2017 ainda exista gente que trate o comunismo como doutrina a ser discutida e não como evento histórico a ser registrado e nunca esquecido, é dessas coisas que só, quiçá, a psicologia explica.

Manuela, com seu sorrisinho fácil, quer fazer parecer fácil o que nem deveria estar em pauta: uma visão de mundo que, idealismo à parte, levou morte, pobreza e sofrimento aonde quer que fosse, com a ênfase das pragas bíblicas.

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O sorrisinho fácil da Manuela não significa a renovação dos quadros, dos ideais, das esperanças: ela é somente a vanguarda do retrocesso.