Lula sempre foi taradinho por isso. Regular os meios de comunicação é tudo o que ele quer ganhar de Natal desde que pediu o primeiro voto na vida. Pena que, para isso, precise estar livre, leve, solto e eleito. (Ainda que no Brasil essas duas possibilidades sejam prováveis – a justiça tarda e falha; o povo se apressa e falha –, algo me diz que não vai ser dessa vez.)
O ex-presidente e atual condenado terá de se haver com seus pensamentos (péssima companhia, eu sei) e refletir bastante nos anos vindouros. Quem sabe vendo o sol nascer quadradinho e a Terra plana. Amém, Jesus?
Já sobre apanhar da imprensa e ele “saber o que é perseguição”, Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha de S.Paulo, em resposta ao menino maluquinho Fernando Haddad, confessou o que até o pó dos ossos de Johannes Gutenberg sabe:
Nunca desconfiei.
Haddad foi o prefeito mais paparicado de São Paulo, assim como Lula foi o presidente mais paparicado do país. Lula, a propósito, é o condenado mais paparicado do país. Só fica atrás do goleiro Bruno. Prodígio.
Mas o problema é mesmo o mensageiro: matem o mensageiro! Regular os meios de comunicação é, em português, censurar os meios de comunicação. Com todas as falhas, com todos os senões, a imprensa é que nem filha puta: a gente pode não gostar muito do que ela faz, mas tem de defender assim mesmo.