Lula parece ter se esquecido rapidamente de Marisa Letícia, a falecida que assinou tudo, sabia de tudo, comprou tudo – mas, infelizmente, morreu antes de provar que ele sempre foi a Amélia da casa. Segundo rumores, o ex-presidente, atual condenado e futuro candidato estaria namorando. Em conversa com, aspas, jornalistas no Instituto Lula, entidade auto-filantrópica, negou as acusações, disse que nunca namorou, que não sabe beijar na boca, que ainda é virgem e concluiu afirmando que “não tem necessidade” de namorar, porque tem “milhões e milhões de namorados e namoradas pelo Brasil afora”. Lula quer fazer do Brasil um imenso gang-bang cívico-eleitoral, e tem petistas e simpatizantes o suficiente pra isso. Toda eleição é a mesma putaria.
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A propósito de gang-bang, o julgamento do próximo dia 24 de janeiro promete ser um dos eventos mais divertidos da história. Namoradinhas do ex-presidente, atual condenado e futuro candidato prometem organizar uma espécie de “tribunal paralelo”, no melhor estilo “que saudades do titio Stálin”. O inusitado é que tribunais paralelos, de direita e de esquerda, quase sempre condenavam sumariamente os hipotéticos inimigos do Estado (ou do povo, ou da revolução, ou do diabo que porventura servisse de justificativa). Este, não: no tribunal paralelo marcado para janeiro, Lula será sumariamente absolvido. Que bom seria se os comunistas tivessem tido essa ideia antes de fuzilar tanta gente, pois a única coisa paralela que existe é o universo em que vivem. Joguem uma lona em cima e cobrem ingresso barato, porque circo já é.
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A prisão de Paulo Maluf decreta o fim de uma era: aquela em que políticos se esmeravam em fingir que não eram indecentes como são.
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Não que a Lava Jato seja remédio para todos os males, emplastro para todas as maleitas. Tenho meus senões acerca da fé que se deposita nas soluções jurídicas – quando apenas jurídicas. Volto a isso outro dia. Entretanto, estranha essa preocupação com o ‘devido processo legal’, com o ‘Estado democrático de direito’, com as ‘instituições’, logo agora que meia dúzia de caciques está tendo contato pela primeira vez com a lei do homem branco. O Brasil ficou tão confuso, mas tão confuso, que a confusão chegou ao limite, fez a curva e nós terminamos concordando com o PSTU, quando eles dizem o seguinte: “É também hipócrita falar em “Estado de Exceção” devido às prisões de meia dúzia de políticos e empresários. Isso livra a cara dessa democracia dos ricos, que é não só corrupta como extremamente autoritária: o povo pobre e negro da periferia vive um genocídio (556 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 12 anos); há um processo de encarceramento em massa no Brasil. São mais de 600 mil presos e quase 300 mil são vítimas de prisão preventiva, coercitiva e sem julgamento. Em sua maioria jovens, negros, pobres, sem antecedentes criminais. Esta situação deu um salto sob os governos do PT. Quer dizer: sob o PT tínhamos “Estado de Direito” porque só os pobres eram presos sem julgamento e agora temos “Estado de Exceção” por causa da Lava Jato?”
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Compreendo que prisão não deveria ser a festa que é, no Brasil, com centenas de milhares de ladrões de galinha encarcerados sem garantias, sem julgamento, etc. No entanto, Gilmar Mendes abusa da preocupação com a liberdade. Eu, solto, me sinto mais preso que os presos que o Gilmar Mendes solta. A melhor forma de ser livre no país é ser preso para depois ser julgado pelo Gilmar Mendes. O sujeito sai mais livre, mais convictamente livre, mais ilimitadamente livre do que quando entrou. Mendes quæ sera tamen.
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