Parthenon (Pixabay imagens)| Foto:
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1 Você é uma figura sui generis na cena cultural brasileira. Sua formação intelectual é das mais interessantes e, sob certo aspecto, até mesmo excêntrica. Fale um pouco sobre essa vocação, o itinerário (acadêmico e não só acadêmico) percorrido e o encontro com o antropólogo e teórico René Girard, de quem foi aluno.

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Eis uma pergunta difícil! Tenho um desinteresse sistemático em mim mesmo e sempre me parece uma maravilha escutar pessoas que falam de suas desventuras com desenvoltura ímpar – como se nunca tivessem lido o conhecido verso de Drummond sobre a rima que não é uma solução.

Proponho então uma resposta-Capitu: vou pela esquerda, como você já terá antecipado.

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Minha vocação acadêmica principiou antes que eu me desse conta. Fui jogador de xadrez muito jovem e passei alguns anos sonhando em ser um jogador profissional. Sem falsa modéstia, era talentoso e aprendia muito rapidamente o segredo das aberturas, tinha faro realmente aguçado para a estratégia do meio-jogo e nada me satisfazia mais do que dominar a arte precisa do final de jogo. Por fim, era capaz de dominar longas linhas de cálculo, antecipando um bom número de lances do meu adversário. Cheguei, assim, aos 19 anos a ser simultaneamente campeão em três categorias no Rio de Janeiro: tricampeão estadual juvenil, campeão estadual adulto e campeão estadual adulto de xadrez relâmpago, além de alcançar o nível de Mestre Nacional.

Portanto, tudo parecia caminhar bem. E o mais surpreendente: de fato, nunca me dediquei ao estudo metódico; é bem verdade que passava o dia envolvido com o jogo de xadrez, mas minha preparação era insuficiente. Mas como sabê-lo ganhando torneios em série? Só descobri a falha quando já era tarde: no primeiro campeonato internacional de qual participei. E a descoberta foi dupla: enfrentei jovens que eram inegavelmente mais talentosos do que eu, e, sobretudo, que se haviam dedicado à arte de Caíssa intensamente desde os seus 7, 8 anos. O golpe foi duro e demorei a assimilá-lo – e quem me trouxe a chave foi Machado de Assis: eu não passava de um jovem habilidoso, a quem aborrecia a técnica e, por isso mesmo, não tinha mesmo como ir muito longe.

Melhor dito: demorei a formular o prosaico trauma, mas a lição foi aprendida de imediato. Assim que ingressei na Faculdade de História, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mais velho que o usual, aos 22 anos, não desperdicei mais um único dia, e desde então disciplina é a palavra que mais me seduz. E hoje, um professor velhinho, aos 55 anos, fliberamantenho a ética do estudante de primeiro ano: trabalho todos os dias e busco sempre ampliar meu repertório: minha obsessão. Só o que interessa é o trabalho que se faz; talento, na maior parte dos casos, é um fator paralisante, até impeditivo. Mais uma vez, Machado me deu a régua e o compasso: um autor precisa lutar contra o próprio talento ou apenas publicará livros.

Sou bacharel e licenciado em História, com concentração também em antropologia. Realizei estudos de pós-graduação em Letras e Literatura Comparada, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e na Stanford University, onde completei um segundo doutorado, com full fellowship concedida pela universidade. Nessa ocasião, tive oportunidade de estudar com René Girard, além de ter sido orientado por Hans Ulrich Gumbrecht e de ter convivido com outros grandes nomes das Humanidades. Essa experiência me salvou da arrogância infelizmente tão comum nas universidades latino-americanas; ora, no Departamento de Literatura Comparada de Stanford, na minha época, era possível ter aula com Michel Serres, Hayden White, Richard Rorty, entre tantos outros. Depois desse convívio, tornar-se arrogante seria propriamente ridículo.

2 Ainda sobre Girard, ele é um dos autores que reputo injustamente “cooptados” por certa direita das mais reacionárias, mas sua teoria sequer faz sentido se lida sob a ótica de categorias tão estreitas (e historicamente determinadas) como direita e esquerda. Não sei se concorda com isso. De todo modo, como o esquema explicativo de Girard – a perpetuação do desejo mimético e a explosão da violência expiatória – pode elucidar a política brasileira nos últimos anos?

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Chegar em Stanford em 1994 foi um golpe de sorte, pois pude assistir aos dois últimos cursos ensinados por René Girard antes de sua aposentadoria. De um lado, uma análise de uma peça do jovem William Shakespeare, The Two Gentlemen of Verona; de outro, uma visão panorâmica do teatro clássico francês. Fiquei fascinado pela inteligência superior, muito superior, do criador da teoria mimética – o que também não deixou de ser uma outra lição de humildade futura.

Em sua pergunta, identifica-se corretamente o gueto a que muitos reduziram o pensamento girardiano. Do ponto de vista pessoal, René Girard foi um católico fervoroso e um conservador em termos políticos; no espectro da cena norte-americana, um republicano, se me permite a redundância, mais à direita. E, no final de sua trajetória, explicitou o que seria a vocação apologética de sua obra, na defesa aberta da superioridade da mensagem do Cristo. Pareceria, então, que sua obra favoreceria uma apropriação por intelectuais de direita.

Trata-se, contudo, de uma redução grosseira. A teoria mimética é essencialmente dinâmica e, sobretudo, não oferece uma resolução última da violência mimeticamente engendrada. Isto é, dado o mimetismo nosso de cada dia, não podemos escapar às consequências violentas do desejo mimético, porém, numa hipótese mais otimista, podemos controlar seus efeitos ao tomar consciência do fenômeno.

Numa palavra, a grande contribuição girardiana consiste numa dupla articulação. De um lado, a identificação do caráter mimético do desejo, implicando a presença de um modelo que adotamos como mediador na determinação dos nossos “próprios” desejos. De outro, e aqui reside a radicalidade de seu pensamento, a noção de que a imitação do outro resultará sempre em violência, decorrente da rivalidade pela posse do mesmo objeto, igualmente desejado pelo sujeito e seu mediador. Ademais, dado o dinamismo das relações miméticas, os papéis se sobrepõem, agravando a complexidade do fenômeno: somos todos sujeito, modelo e objeto – e isso ao mesmo tempo.

O acirramento de rivalidades leva a sociedade a uma crise que pode levar à desagregação de seus laços. Nesse instante, e eis a outra grande contribuição girardiana à compreensão das origens da cultura, nesse instante de acirramento máximo, quando a violência se encontra dispersa, contaminando todo o tecido social, a solução depende da canalização da violência coletiva contra um membro do grupo: trata-se do mecanismo do bode expiatório.

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As redes sociais são intrinsecamente miméticas e produzem memes, viralizações e, claro, linchamentos virtuais: todo um arsenal do pensamento girardiano.

Atenção: o bolsonarismo é o maior fenômeno mimético da história política republicana. Mas é como se fosse um movimento pré-cristão, pois ele tem como base a retórica do ódio, ensinada por Olavo de Carvalho, e se alimenta da necessidade permanente de inventar inimigos e de sacrificá-los publicamente, em rituais vitimários de grande crueldade simbólica. Contudo, depois de todos os bodes expiatórios terem sido sacrificados, qual será a próxima válvula de escape? O mecanismo mimético é exigente e nunca volta atrás, ele sempre busca um degrau acima.

3 Falemos de outro ensaísta dos mais importantes – e pouco lidos, e talvez menos compreendidos – por nossa geração: José Guilherme Merquior, o liberal “que leu tudo”, nas palavras de Raymond Aron. Ele também me parece ser usado de maneira espúria, por quem defende um liberalismo conceitualmente primitivo. Como estudioso e organizador de sua obra completa (É Realizações), o que dizer da ensaística merquioriana, e o quanto ela pode iluminar o que anda tão obscuro?

Deixemos a diplomacia de lado: contamos nos dedos da mão esquerda – se você me permite preservar o hábito – os conservadores que realmente leram a obra fundamental de José Guilherme Merquior. Em relação aos que se dizem liberais, nunca entenderam o sentido do liberalismo social, tal como proposto pelo autor de A razão do poema.

Aliás, na atual crise da pandemia do Covid-19, o conceito de Merquior tornou-se importantíssimo em todo o mundo. As recentes declarações de Boris Johnson, Angela Merkel e Emmanuel Macron, para ficar em casos significativos de políticos conservadores e defensores de um liberalismo radical em termos econômicos, poderiam ter saído das páginas mais agudas de Liberalismo: antigo e moderno. O pensador brasileiro desprezava o liberismo, que preconiza o Estado mínimo, entre nós representado pelo liberalismo brucutu de um Paulo Guedes: um liberalismo primitivo ao ponto de se julgar sofisticado. Bem entendido: Estado mínimo para suprimir direitos de trabalhadores e para considerar educação pública e saúde universal “gastos” ociosos, porém, um Estado  máximo para o sistema financeiro, como acabamos de presenciar com a liberação imediata de auxílio vultuoso para os bancos. É uma anomalia teórica brasileira: o liberal do bolso alheio, mas que, para o próprio bolso, é estatista de quatro costados! Mais ou menos como um secretário da Reforma da Previdência que não se constrangesse em engordar o salário com jetons pagos pela participação em Conselhos de empresas estatais. Mais ou menos como um ministro liberal a mais não poder que não tivesse pejo em receber, do Estado, auxílios os mais diversos, incluindo reembolso de passagens aéreas. Será que a dissonância cognitiva se tornou mesmo a regra do cotidiano nos tristes trópicos?

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Ora, liberais do bolso alheio, estatistas para o próprio benefício!

Ou não?

Nesse cenário de miolo mole teórico, a leitura da obra de José Guilherme Merquior se impõe por três fatores principais: 1) o conceito de liberalismo social pode ser um caminho para redesenhar um projeto mundial e não apenas brasileiro; 2) a firme convicção na centralidade da democracia como condição sine qua non para a mediação de conflitos em sociedades complexas e até para a prosperidade econômica, por assegurar a atmosfera necessária de estabilidade política; 3) a presença obrigatória do Estado, especialmente em países como o Brasil, para minorar os índices vergonhosos de desigualdade social.

O liberalismo social de José Guilherme Merquior é mais atual hoje do que na época de sua concepção no final da década de 1980.

4 A propósito de iluminações, li a introdução de seu, digamos, “livro-combate”, Guerra Cultural Bolsonarista – A Retórica do Ódio, que será lançado em breve pela editora Caminhos. O que pretende com ele; a quem se destina?

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Este será meu primeiro livro rigorosamente não acadêmico e esse traço já define seu alvo: o diálogo franco com a sociedade. Sempre me identifiquei com o campo da esquerda democrática e chegou a hora de retomar a lição de José Guilherme Merquior, um liberal que nunca deixou de ler e sobretudo dialogar com intelectuais de esquerda. É, portanto, minha obrigação propor essa conversa pública com os pensadores contemporâneos conservadores e de direita. A divergência de nossas perspectivas não é um obstáculo, mas antes a razão mesma do diálogo.

A atual polarização acéfala que domina o cenário brasileiro nos últimos, digamos, 5 ou talvez 7 anos, levará o país a um esgarçamento social nunca visto. E suas consequências, em meio ao caos adicional provocado pela pandemia do Covid-19, são evidentemente insustentáveis, do ponto de vista da administração pública, e claramente inaceitáveis, do ponto de vista ético o mais elementar.

Meu livro é um esforço de denúncia: a retórica do ódio, difundida nos cursos e escritos de Olavo de Carvalho, produziu uma imbecilização coletiva à extrema direita, que, ironicamente, reproduz, como duplo mimético, o fenômeno identificado em O imbecil coletivo (1996) à esquerda. Trata-se do analfabetismo ideológico, que produz um déficit cognitivo preocupante, tornado evidente nas lamentáveis manifestações recentes de donos e de donas de automóveis luxuosos que defendem o fim do isolamento social da população trabalhadora, mas, claro, sem sair de seus veículos, por vezes blindados, e com máscaras de proteção, devidamente ajustadas.

A desfaçatez dessas manifestações indica um colapso inédito na história brasileira: hora, portanto, de assumir os riscos inerentes ao debate público.

5 Sua atuação nas mídias sociais chega a ser, se me permite a irreverência, engraçada. Engraçada porque você tenta, com paciência desmedida, abrir diálogo com quem não está aberto ao diálogo. A própria estrutura das mídias e redes sociais parece ser desenhada para o desentendimento e para a insociabilidade. Sobre a internet como espaço público de debate, você ainda acredita num amadurecimento, na possibilidade de uma cultura de compreensão?

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Vamos lá: em 2020, permanecer no campo da esquerda democrática exige abrir mão de toda ingenuidade. Isto é, o impasse maior da esquerda no século XX relacionou-se à dificuldade intrínseca com a ideia mesma de democracia. Linguagem quase cifrada que se pode traduzir numa forma cristalina: utopias de esquerda deram origem a totalitarismos que precisamos nunca esquecer, pois custaram a vida de centenas de milhões de pessoas. Não será possível propor à sociedade um projeto nacional à esquerda sem essa atitude, tanto intelectual quanto existencial, de enfrentamento dessa terrível história. Mantendo, pois, a irreverência da pergunta, ofereço uma resposta bem-humorada: insistir no diálogo, nas condições adversas das redes sociais, é uma espécie de redenção necessária.

Em relação ao universo digital e às redes sociais é verdade que a lógica do algoritmo e a dinâmica binária de seu funcionamento favorecem a criação de bolhas – essas mônadas que nunca leram Leibniz porque nem mesmo sabem de quem se trata. No entanto, tal característica não é determinista, muito menos fatalista. Na história dos meios de comunicação, aliás, é comum o desprezo intelectual por um novo meio. Não partilho desse sentimento e, na medida das minhas modestíssimas possibilidades, pretendo arriscar um caminho alternativo. Nesse caso, a paciência desmedida, se não evoca a paixão medida do poeta, é proporcional à aposta pascaliana que me encanta: ora, se um número maior de pessoas se dispuser a palmilhar o leito de pedras da internet, por que não imaginar que se podem inventar ilhas, aqui e ali, de diálogo enriquecedor e informação fidedigna? Como é mesmo a definição de arquipélago?

6 Num sentido mais amplo, Brasil e mundo: a democracia está sob ataque, corre mesmo perigo, ou o que estamos vendo e vivendo é apenas a mudança do eixo ideológico e um reajuste simbólico do poder, da legitimidade, da representação, da expressão política?

Eis um tema dominante na bibliografia contemporânea; por isso, em lugar de oferecer uma síntese impossível, arrisco um novo conceito.

Vamos lá: a explosão da internet e das redes sociais originou o que proponho denominar massas digitais. Ora, nas décadas de 1920 e 1930, a irrupção das massas urbanas no cenário político – associada à emergência do rádio, da microfonia moderna e do cinema – levou ao colapso do modelo da democracia liberal. A resposta encontrada foi o surgimento de experiências totalitárias de todos os espectros políticos.

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As massas digitais produzem no cenário contemporâneo um terremoto similar, acrescido de um projeto de democracia direta, ou seja, por meio da supressão das mediações institucionais, que, numa sociedade moderna complexa, não pode senão conduzir ao colapso da administração pública e à defesa de projetos autoritários e personalistas. Esse fenômeno é propriamente transnacional.

No caso brasileiro, há um agravante.

As Manifestações de Junho de 2013, cujo sentido último ninguém se arrisca a definir, trouxeram o ativismo para o centro da cena. O ativismo implica um paradoxo, pois, ao mesmo tempo, se nega a política, entendida enquanto sistema institucional de mediações entre poderes e cidadania, porém se entroniza a política, enquanto discussão apaixonada sobre os rumos para a boa condução da pólis. O sentimento antissistêmico é por definição sementeira de autoritarismos, que sempre se rebelam contra as mediações institucionais, pois não há projeto autoritário sem contato direto entre massas e líder carismático.

Não é tudo: seria preciso uma miopia imprudente para deixar de reconhecer que a redemocratização – após os anos terríveis de uma ditadura militar que prendeu, torturou, assassinou e desapareceu os corpos de adversários políticos –, não correspondeu aos anseios, ainda que modestos, do povo brasileiro. Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se comportam como cortes exclusivas, atribuindo-se benesses obscenas e vantagens faraônicas. Os partidos políticos realizam tenebrosas transações, independentemente da coloração ideológica. O poder financeiro produziu o milagre da proliferação de propinas e de contratos viciados em todos os partidos – e não são poucos. Portanto, o ativismo tem bons motivos para sua cruzada antissistêmica.

Contudo, vale o lugar-comum: a democracia é o menos imperfeito dos regimes disponíveis. Hoje, abril de 2020, defender as instituições democráticas, sem ignorar as inúmeras críticas necessárias, pode significar a diferença entre barbárie – o bolsonarismo elevado à condição de poder autoritário sem mediações numa pólis pós-política – e civilização – a democracia brasileira, cheia de imperfeições, mas muito superior às aberrações autoritárias que nos ameaçam.

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7 Esticando mais a corda da futurologia, para terminar: o mundo será o mesmo, será melhor ou será ainda pior depois dessa pandemia?

Ninguém faz a menor ideia. E nada pior do que intelectual que esqueceu a lição das coisas: simplesmente reconhecer a pertinência da pergunta, mas ainda assim lembrar -se de não responder.

Conclusão mais elegante: sejamos ventríloquos de Wittgenstein: “O que não se pode falar, deve-se calar”.

João Cezar de Castro Rocha é professor titular de Literatura Comparada na UERJ. Graduado em História e mestre e doutor em Letras pela mesma instituição, fez um segundo doutorado em Literatura Comparada na Stanford University, EUA. Realizou estudos de pós-doutorado na Freie Universität e na Princeton University. Editor-executivo da revista Portuguese Literary & Cultural Studies, publicada pela University of Massachusetts-Dartmouth. Foi fellow da Universidade de Winsconsin, do Centre for Brazilian Studies da Universidade de Oxford, do St. John’s College da Universidade de Cambridge e da Beinecke Library da Universidade de Yale; também ocupou a Cátedra Machado de Assis da Universidad del Claustro de Sor Juana, México. Conduziu com Pierpaolo Antonello a entrevista com René Girard que originou o livro Evolução e Conversão (Prêmio Aujoud’hui, França, 2004; traduzido para sete idiomas). Escreveu e organizou mais de duas dezenas de livros, entre os quais se destacam Culturas Shakesperianas (É Realizações), Machado de Assis: por uma poética da emulação (Civilização Brasileira) e Crítica Literária: em Busca do Tempo Perdido? (Argos Editora).