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Helio Beltrão

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Autoridades nos EUA defendem políticas anti-ESG

ESG: farra do gestor, apreensão do investidor

Por Luan Sperandio

Uma carta assinada por procuradores de 19 estados americanos destinada às Big Three deu um recado também ao Brasil sobre os perigos de realizar investimentos para promover objetivos sociais ou políticos ao invés de priorizar retornos financeiros.

“Nossos estados não tolerarão que a poupança dos aposentados seja sacrificada em prol da agenda climática”, diz a carta, destinada à multinacional que possui trilhões de dólares sob custódia.

Nos últimos 10 anos a adoção de critérios ambientais, sociais e de governança (o ESG, na sigla em inglês) para alocação de investimentos se tornou uma tendência no mercado financeiro. Os fundos relacionados à economia verde atualmente possuem US$ 2,5 trilhões em custódia, segundo a Morningstar. Eles priorizam a alocação de recursos em empresas consideradas sustentáveis, como as de infraestrutura de energia renovável, em detrimento à chamada Velha Economia.

Os críticos afirmam que as empresas devem se concentrar apenas em maximizar os retornos para os acionistas. Afinal, trata-se de uma questão básica de dever fiduciário. Em resposta, muitos investidores alegam que investimentos no enfrentamento às mudanças climáticas, a melhoria de governança corporativa e o incentivo à diversidade, aumentam os lucros.

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