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Algo de podre no reino
| Foto:
Vanderlei Almeida/AFP
Plataforma da Petrobras na costa brasileira: estatal teria tido dificuldade de caixa para o pagamento de impostos.

É até possível que o sonho de todo banco seja emprestar dinheiro para a Petrobras, como diz a presidenciável de Lula, Dilma Rousseff. É igualmente possível que o pesadelo de todo acionista da Petrobras seja ver a estatal emprestar dinheiro da Caixa Econômica Federal porque teve um “problema imediato de caixa para pagar impostos”, segundo a mesma Dilma.

A análise de Adriano Pires, um dos caras que mais entendem de energia no Brasil, em entrevista concedida a Fabíola Sidral, da CBN:

“Quando uma empresa pega dinheiro em banco para cobrir caixa, ou seja, para pagar despesas correntes, impostos, etc, é porque ela está com um problema de liquidez. Isso é uma surpresa para nós em termos de Petrobras. Eu diria o seguinte, aí seria normal: se a Petrobras anunciasse que estaria pegando, ao invés de R$ 2 bilhões na Caixa Econômica, estivesse pegando 20 bilhões, para fazer investimentos em refinarias, no pré-sal, etc, aí eu não estaria preocupado, aí seria corriqueiro, como o ministro Edson Lobão colocou. Mas uma empresa do porte da Petrobras ir à Caixa Econômica pegar R$ 2 bilhões para capital de giro, é estranho. Acho que realmente tem que haver uma explicação melhor do que essa, banal, dada pelo ministro Edson Lobão.”

(…)

“Não é nada normal que uma empresa que anunciou investir nos próximos cinco anos 112 bilhões de dólares, agora anuncie que está indo na Caixa Econômica pedir 2 bilhões de reais para fechar o caixa. Vamos combinar, tem algo de podre no reino da Dinamarca.”

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