Ainda que as eleições no Irã não tenham sido roubadas — e tudo indica que foram, apesar do que diz nosso presidente –, o resultado trouxe à tona um racha entre iranianos que não existia antes da votação. Por si só, esse já é um fato bastante relevante. Há vontade de democracia no Oriente Médio.
Em países fechados ou “semi-fechados”, caso do Irã, uma ruptura com o poder costuma ser sempre bem-vinda — não quando descamba na violência, óbvio, algo que já está acontecendo no Irã. Mas o pesadelo de qualquer ditador é a sensação de que as coisas estão fora de controle.
No Irã, hoje, uma parcela significativa da população acha que algo está muito errado. Acha que quem está no poder é incompetente e corrupto. Ainda que Mir Housein esteja longe de ser um reformista de verdade, a “onda verde” não deixa de ser uma esperança de que algo muito importante esteja acontecendo no país dos persas.
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Alex Massie faz uma provocação: os eventos de hoje no Irã são mais como o 1989 da Polônia ou da China? Ele mesmo responde: provavelmente nenhum dos dois. É algo completamente novo e imprevisível. Mas a questão que ele levanta é a que todo mundo se faz, a pergunta de 1 milhão de dólares: que rumo vai tomar o país depois dessas manifestações?
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O sempre sensacional The Big Picture publica as melhores fotos.
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Na blogosfera americana, Andrew Sullivan está dando show de cobertura. Do lado da “MSM”, vale ler o The Lede, do NYT.
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Para acompanhar no twitter, em inglês, mas sem garantia de que as informações são confiáveis: @stopahmadi,@IranElection09,@mousavi1388, @IranNewsNow
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