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Mbeki, um criminoso

REUTERS/Ray Stubblebine

Seria bastante simbólico, visto que é 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids, se este senhor da foto fosse preso hoje e condenado por toda a vida. Thabo Mbeki foi presidente da África do Sul até setembro passado. O homem é um criminoso.

Sua arma, a ignorância.

Mbeki é um cético da relação entre o HIV e a Aids. Apesar de todas as evidências científicas que lhe foram apresentadas, acredita que a doença é um problema de malnutrição e o tratamento, tóxico. A ministra da Saúde de seu governo, Manto Tshabalala-Msimang, aconselhava a população a tomar suco de alho e de beterraba para curar a doença. Seu sucessor no partido e provável próximo presidente do país, Jacob Zuma, diz que um bom banho após a relação sexual ajuda a prevenir a contaminação.

Um estudo de Harvard divulgado na semana passada mostra que a política de negar o fornecimento de anti-retrovirais contribuiu para a morte prematura de 365 mil pessoas entre 2000 e 2005. Isso é número de genocídio.

O relatório mostra que na primeira metade desta década a África do Sul poderia ter ajudado metade dos infectados, mas os remédios chegaram a apenas 23%. Em comparação, Botsuana fornece tratamento a 85% dos soropositivos e a Namibia, para 71%. Hoje, a África do Sul é o país com o maior número de infectados no mundo – são 5,7 milhões de pessoas com o vírus. Quase um em cada cinco adultos é soropositivo. Por dia, 900 pessoas morrem de Aids no país.

Na impossibilidade de ver esses líderes apodrecerem na cadeia, espero sinceramente que tenham um fim de vida miserável.

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