Entre os dias 14 e 17 de abril, o Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, recebe a X Reatech – Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade – é um grande evento, reunindo boas ideias. A 2ª maior feira de acessibilidade do mundo acontece no Brasil e tem expectativa de receber na sua 10ª edição mais de 45 mil visitantes, contando com 250 expositores.
O leque de temas abordados pelos expositores e palestrantes é igualmente impressionante. A Reatech deste ano irá apresentar produtos e serviços relacionados a mais de 25 campos da inclusão, trazendo aparelhos e adaptações, novidades da medicina, educação, atividade física, mercado de trabalho, entre outros.
Eventos como esse são muito importantes, não só porque colocam a inclusão no centro de uma discussão internacional, mas porque dimensionam a questão, adotando parâmetros curiosos. De acordo com o Censo de 2000, 14,5% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. O número é bastante antigo e será atualizado com o Censo de 2010, mas já nos ajuda a ter uma ideia de quantas pessoas há nessa turma. Em 2000 éramos em 24,5 milhões de pessoas e esse número deve ser mais alto hoje.
Para atender a esse número de pessoas, que supera a população de países como o Chile e Austrália, a Reatech reúne empresas, profissionais da medicina de diversas áreas, educadores, cientistas, engenheiros, arquitetos e designers e uma gama de fornecedores de aparelhos ortopédicos. Todos eles juntos esperam movimentar R$ 550 milhões em negócios, só durante a Feira. É neste cenário que o setor de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no País, sendo R$ 200 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais de R$ 800 milhões em automóveis e adaptações veiculares. É bastante gente e bastante recurso.
Ter a velocidade dos avanços tecnológicos em pleno século XXI aliada à criatividade e imaginação é outro trunfo da Reatech. Entre tantas exposições, palestras, produtos e serviços, é possível encontrar soluções inovadoras, que até quem não é deficiente ficaria com vontade de experimentar. Fiz uma breve seleção dos destaques dessa 10ª edição:
Eyegaze Edge ™: habilita as pessoas a se comunicarem com o mundo usando apenas o movimento de seus olhos. Simplesmente por olhar para as teclas do controle exibido em uma tela por uma fração de segundo, os usuários podem executar uma grande variedade de funções, incluindo a síntese de voz, controle ambiental (controle de luzes e eletrodomésticos), e de digitação. Programas opcionais permitem aos usuários acessarem a Internet e e-mail, e interface com um PC ou Mac. Um procedimento de calibragem de 15 segundos é tudo que precisa para começar. Nada está ligado à cabeça ou corpo. O Eyegaze Edge ™ permite que as crianças com paralisia cerebral grave, distrofia muscular, atrofia muscular espinhal, síndrome de Werdnig-Hoffman, deficiência motora e outras deficiências, participem ativamente na sua educação, dando-lhes uma voz “através do Eyegaze Edge ™ que nunca tinham tido antes. Alguns usuários estão usando seus Eyegaze Edge ™ na faculdade e/ou trabalho.
Softwares S-1: destinada a pessoas com deficiência visual, pois para cada funcionalidade desenvolvida e embarcada no celular elimina-se uma dificuldade enfrentada pelos portadores de deficiência visual e diminui-se a necessidade de um equipamento para amenizar o mesmo problema. A partir da foto do texto, o software reconhece e com voz sintetizada ler para o deficiente visual, possibilitando ter acesso a qualquer texto impresso, sem que o mesmo esteja disponível em Braile.
Panthera – X: a mais leve cadeira de rodas fabricada no mundo. Densenvolvida em fibra de carbono, o equipamento pesa apenas 4,2Kg, proporciona conforto e durabilidade, reduz as perdas de energia para quase zero, pois desliza muito fácil. De acordo com Paulo Fernandes, diretor de marketing da Ortomix, a PANTHERA – X tem uma ótima ergonomia, encosto especialmente adequado para as costas, que são ajustáveis ao o ângulo do encosto, bem como ajustar a tensão desejada na tapeçaria.
Tecnologia Bluetooth para deficientes auditivos são a meios para melhorar a desenvoltura da audição: dois lançamentos serão apresentados: o Passport e Latitude, são modelos que oferecem diversas vantagens, entre elas escutar músicas de um tocador de MP3 ou até mesmo falar ao celular sem precisar estar com o telefone móvel próximo da orelha. Esta interação entre os aparelhos é permitida porque o som que sai do equipamento portátil é enviado via Bluetooth para um acessório utilizado no pescoço do usuário (espécie de um colar) e convertido para uma tecnologia que transmite as informações para o aparelho auditivo.
Eu infelizmente não estarei lá para conferir de perto esse mundo alternativo, mas gostaria de entrar em contato com quem vai. Se você vai à Retech e quer compartilhar coisas bacanas, comente esse post e seja o meu correspondente! Posso divulgar as suas impressões aqui no Inclusilhado, com o seu texto, assinado por você.
Serviço:
X Reatech – Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Quando: Entre 14 e 17 de abril de 2011
Onde: Centro de Exposições Imigrantes – Rodovia dos Imigrantes, KM 1,5. São Paulo – SP
Horário: quinta e sexta das 13h às 21h; sábado e domingo das 10h às 19h
Transporte: Será oferecido diariamente transporte gratuito (ida e volta), saindo da Estação Jabaquara do Metrô (Rua Nelson Fernandes, 400 – ao lado do terminal de ônibus)
Site: http://www.feirasnacipa.com.br/reatech2010/