Estão abertas as inscrições para o Seminário Novas Perspectivas de Inclusão no Mundo do Trabalho, que a Prefeitura de Curitiba promove nos dias 24 e 25 de julho. A programação do evento inclui palestras a divulgação de pesquisas sobre a realidade da pessoa com deficiência no mercado formal de trabalho e o lançamento da Câmara de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mundo do Trabalho. As vagas são limitadas e a inscrição é gratuita.
O evento é importante e vem colocar luz a um debate fundamental para a inclusão da pessoa com deficiência. Em 2012 eu postei um texto comentando a situação da empregabilidade da pessoa com deficiência e naquele ano o quadro não era muito animador.
O Censo 2010 levantou que o Brasil tem cerca de 46 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Desse grupo, mais da metade que tem idade economicamente ativa estava desempregada em 2012. As pessoas com deficiência representam apenas 23,6% da população ocupada no país e o número de deficientes fora do mercado de trabalho chegou a superar o número de pessoas com deficiência trabalhando em 3 milhões e 400 mil pessoas.
Também durante o seminário será divulgada a pesquisa Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mundo do Trabalho, realizada pela Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, Sesi, Sesc, ABRH, Fecomércio e Sest/Senat. Aguardo o resultado da pesquisa por ter uma outra referência bastante interessante.
A iSocial é uma das principais consultorias do Brasil para a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Com sede em São Paulo, eles vêm produzindo desde 2011 o relatório Pessoas com Deficiência: Expectativas e percepções sobre o mercado de trabalho. É um trabalho que merece ser conhecido, porque traz o ponto de vista do próprio profissional com deficiência em relação aos movimentos do mercado e dele mesmo para que a sua inclusão profissional aconteça.
Eu venho acompanhando o relatório desde a sua primeira edição e os dados trazidos por ele sempre provocam boas reflexões. Esse ano, além da abrangência ter sido a maior de todas, o resultado final chama a atenção por derrubar algumas das crenças que no fundo empacam a inclusão de pessoas com deficiência nas empresas.
A primeira edição contou com 800 respondentes, a segunda teve a participação de 674 pessoas e em 2013 1.725 profissionais participaram da pesquisa do iSocial. A maioria dos entrevistados está na Região Sudeste, então não podemos considerar os dados que quero compartilhar como um retrato nacional.
Ao todo o relatório apresenta o resultado quantitativo para 22 questionamentos que passar por pilares importantes da inclusão no mercado de trabalho: características das oportunidades, salários e posturas atitudinais.
As respostas ainda reforçam velhos desafios, mas algumas realmente trazem uma perspectiva nova para o futuro da inclusão no ambiente profissional. Escolhi quatro dessas respostas para compartilhar:
Barreira do empregador: Pessoas com deficiência não têm qualificação
Barreira do profissional: A empresa não reconhece a pessoa com deficiência
Barreira do empregador: Eu tenho vagas, mas não encontro profissionais para preenchê-las
Barreira do profissional: As vagas destinadas para profissionais com deficiência não são boas
Temos quatro pontos que indicam um futuro diferente para a empregabilidade da pessoa com deficiência. Dois ligados ao empregador e dois ligados ao profissional. A inclusão não é feita nem por heróis e nem vítimas.
Inscrições e informações sobre Seminário em www.imap.curitiba.pr.gov.br
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