Por essa, nem Stan Lee poderia esperar: as eleições brasileiras de 2014 foram tomadas de assalto por “candidatos super-heróis”. Premidos por apelidos esdrúxulos ou por uma autoimagem absolutamente favorável, eles assumiram publicamente suas identidades secretas e se enfiaram na luta pelos votos.
Um dos mais célebres, sem sombra de dúvida, é o curitibano “Clark Crente” – nome civil: Ewerson Alves da Silva –, candidato a deputado estadual pelo PSC. Seus compromissos heroicos são com a família cristã. Seu inimigo, conforme enunciado em seus banners de campanha, é a “serpente” – o próprio Cramulhão. É atleticano e está no Twitter.
De Brasília vem Gizeli Figueiredo, a Mulher Maravilha, candidata a deputada distrital que se apresenta no Twitter com um corpão digno da filha de Hipólita, a rainha das amazonas. Entre suas propostas estão o fortalecimento da educação em direitos humanos. Amém.
Jari, no Amapá, tem o seu próprio Transformer – na verdade, seu próprio “Transformers”, nas palavras do titular da alcunha. Trata-se de Edilson Vieira Rocha, o Rocha do Sucatão, candidato a deputado estadual pelo PT cujo bordão é “Arroche e não Afrouxe”. O banner de campanha é uma coisa incrível. Em uma foto capturada de sua conta do Facebook, o candidato aparece confraternizando (coisa que poderia gerar suspeitas) com um cidadão vestido de fantasma.
No Espírito Santo, Arquires de Souza Ferreira (o nome civil já é meio olímpico) assumiu a identidade de “Batman Capixaba”, e é candidato a deputado estadual pelo PRP. Em entrevista ao canal do próprio partido, ele se coloca ao lado dos pobres e dos estudantes: “sem eles, não haveria o Batman Capixaba”, decreta.
Por fim, fora da área dos heróis clássicos – para alguns, aliás, ele pode ser um vilão -, temos Paulo Batista, mais conhecido como o “Raio Privatizador”, que, de tão célebre, acabou saindo até no New York Times. O “Raio” é, de longe, o personagem eleitoral mais polêmico da lista, fazendo a alegria da direita e atraindo a ira da esquerda.
De leve: para o alto… e avante!
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