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Algumas considerações sobre o debate da Band

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Comentar um debate presidencial imediatamente após a refrega é, sempre, abrir a guarda para acusações de partidarismo. Não há como escapar. Até porque nenhum militante há de admitir, a não ser em segredo, que seu candidato levou a pior. Muito menos as campanhas, que, em seus sites oficiais, hão de celebrar os louros de seus campeões. Ou seja: comentar é pedir para “tomar pau” – faz parte.

Melhor que o esperado
Fato é que o debate foi melhor do que eu havia imaginado (e, inclusive, publicado neste blog). O mais interessante foi ver Marina Silva definir sua linha de ação na campanha: abandonou a aura de santidade, bateu no PT, no PSDB e na dicotomia PT-PSDB. E, é claro, abriu caminho para apanhar a partir desta quarta-feira. No próprio debate, contudo, foi menos visada por Dilma e Aécio.

O esperado
Dilma foi atacada por todos os lados. E, em especial no início do programa, aparentou certa impaciência, talvez decorrente de cansaço, nas respostas.

O escolado
Aécio mostrou que “fez a lição” na sabatina pré-debate: conseguiu se livrar de polêmicas e inverteu o rumo de certas perguntas incômodas. Não foi assombrado, porém, por questionamentos associados, por exemplo, à denúncia de cartel do metrô em São Paulo e ao caso que envolve um aeroporto e um terreno de sua família em Cláudio (MG). Na saída, anunciou a indicação de Armínio Fraga como ministro da Fazenda de um eventual governo do PSDB.

Os pequenos
Dentre os candidatos em pior posição nas pesquisas de intenção de votos, chamou a atenção a performance do Pastor Everaldo, que, na média, mostrou segurança. Já Eduardo Jorge demonstrou coragem ao defender tanto a liberação das drogas (já no primeiro bloco do programa) quanto a revisão da lei relativa ao aborto no país.

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