No dia seguinte ao do debate, a ênfase dada à performance dos candidatos nos sites oficiais de campanha variou bastante:
. No de Dilma, uma foto estourada e risonha da candidata dava conta de uma vitória esmagadora, escorada na tranquilidade.
. No de Aécio, a referência foi mais circunspecta; o candidato “agradeceu apoios e apresentou propostas”. Sem, como dizemos no meio jornalístico, “manchetear” a participação no debate.
. No de Marina, a estratégia foi de acenar com vantagens: na manchete e no lead da matéria, a candidata promete que os beneficiários do Bolsa Família vão receber 13º salário. O interessante é que essa promessa não se destacou, nem de longe, no conjunto do debate.
No final das contas, os únicos marqueteiros que fizeram a festa com o pós-debate foram os de Dilma. Confira imagens dos banners:
A leitura dos pequenos – No blog oficial do candidato do PSC, Pastor Everaldo, até as 09h desta sexta-feira não havia referência ao debate da Globo. Na manchete, a notícia era sobre o debate da Record. No de Luciana Genro, que ontem “deu um pau na tigrada”, a única referência, pela manhã, aparecia na lista de postagens do Twitter – um agradecimento ao apoio. No de Eduardo Jorge, nenhuma referência. No de Levy Fidelix, que apanhou muito no debate, idem – silêncio tumular.
Nas contas de Twitter, as coisas foram bem diferentes, com referências evidentemente mais livres e positivas às participações. Fecho com um truísmo: é a melhor prova de que os sites de campanha tendem à cristalização, à positivação, e de que a briga boa mesmo, a vitalista, estará nas redes sociais. Desde que ela não se perca na cacofonia.