A revista “The Economist” acaba de publicar em seu site uma reportagem interessante sobre as eleições brasileiras e sua relação com a tevê aberta. O título, “A tightly scripted telenovela” (algo como “Uma telenovela bem amarrada”), faz um jogo de palavras associando os elementos que, ao longo do tempo, construíram o padrão de propaganda eleitoral gratuita por estas bandas.
O texto repisa a ideia de que os brasileiros são mesmerizados pelas telenovelas e aponta que dois terços da população assistem tevê todos os dias, religiosamente.Também afirma que um em cada quatro brasileiros busca informações sobre os candidatos na programação eleitoral, e que o custo estimado de toda a programação eleitoral televisiva em 2014 chega a R$ 840 milhões, ou US$ 368 milhões, pagos pelo erário público (ambos os dados, contudo, não têm indicadas as fontes).
Por fim, tomando por base o tempo de cada candidato na tevê e o valor eleitoral da propaganda, a publicação lança dúvidas sobre a capacidade de Aécio Neves superar a vantagem Dilma Rousseff nas pesquisas.
Diante do ceticismo de muitas pessoas – dentre as quais, aprioristicamente me incluo -, dá o que pensar. A matéria pode ser conferida aqui.