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O debate e o nada
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Eu tenho um sonho. De ver um debate realmente propositivo. Esse sonho não foi realizado na noite dessa terça-feira. Lógico. Os candidatos simplesmente detonaram uns aos outros, sem deixar uma única fração de tempo às ideias e às propostas. Verdadeira tristeza – muito mais porque já esperada. Algumas percepções:

. Como era de se esperar diante das pesquisas, Requião e Gleisi trabalharam de forma coordenada nos ataques a Beto Richa.

. Beto Richa pareceu cansado. Demorava, inclusive, a escolher os candidatos a quem faria suas perguntas.

. Dos pequenos candidatos, o mais agudo foi Bernardo Pilotto, que assumiu a escola de Luciana Genro de cair de pau nos adversários e de se mostrar magoado com a ausência de perguntas a ele dirigidas pelos outros candidatos. Quanto aos outros, funcionaram como escada aos majoritários.

. Requião tentou, mas não conseguiu repetir as performances devastadoras de outras campanhas. Não tivemos nenhum punhal sacado da bota, enfim.

. Temas das discussões: pedágio, aposentadoria de governador, relações Estado-União, sogra fantasma, saúde financeira do Estado.

. O estranho: por conta da iluminação, os cabelos loiros de Gleisi e os grisalhos dos demais candidatos ganharam um tom “verde palmindaya”.

. Nota bacana: os comentários em tempo real feitos por jornalistas e blogueiros desta Gazeta foram muito interessantes. Confira aqui.

. Enfim: só nos resta aguardar o debate presidencial – que, supremo truísmo, não deve ser lá muito diferente.

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