Nathan foi vendido pelo Atlético ao Chelsea por 5 milhões de euros. Mas não é exatamente pelo Chelsea que ele deve disputar sua primeira temporada europeia. O jornal holandês De Telegraaf noticiou, nesta segunda-feira (6), que o meia deve ser emprestado ao Vitesse.
Nenhuma novidade. Concretizado o empréstimo, Nathan será o 16º reforço do Chelsea repassado ao Vitesse (se você quiser saber quantos voltaram para Stamford Bridge, corra até o fim do post). Também não será o primeiro jogador revelado no estado a ser vendido para um grande europeu a não vestir a camisa desse grande europeu. E acreditem: teve quem se deu bem com isso.
Keirrison (Barcelona)
Certeza que foi o primeiro nome que você pensou. Keirrison teve um começo meteórico de carreira. Artilheiro do Brasil em 2008 pelo Coritiba. Artilheiro no Palmeiras em 2009. Vendido ao Barcelona no meio de 2009, por 14 milhões de euros. O K-9 vestiu a camisa do Barça na apresentação em La Masía e nunca mais. Foi emprestado para Benfica, Fiorentina, Santos, Cruzeiro e Coritiba, seu clube atual e onde desfez o vínculo com os catalães.
Henrique (Barcelona)
Um ano antes de Keirrison, Henrique foi vendido ao Barcelona por 16,5 milhões de euros. Até chegou a fazer partidas de pré-temporada, mas não se encaixava no perfil de zagueiro preferido por Pep Guardiola. Foi, então, emprestado para o Bayer Leverkusen e o Racing Santander. Do nanico espanhol voltou ao Brasil para defender o Palmeiras e de lá seguiu para o Napoli, clube que defendia quando foi convocado para a Copa de 2010.
Jeffe (Fiorentina)
Essa é para testar a memória dos paranistas. Jeffe foi um centroavante grandalhão que surgiu no clube em 2008, primeiro ano de Série B. Poucas partidas depois, acabou seguindo para a Fiorentina a custo zero. Sua trajetória na Viola, porém, resumiu-se a se apresentar, fazer pré-temporada e ser emprestado. Passou por Frosinone e Cassino (na Itália), além do belga Eupen. Livre da Fiorentina, seguiu na Itália jogando por Latina e Livorno.
Élber (Milan)
Uma história para dar esperança a Nathan. Élber foi negociado pelo Londrina com o Milan no início dos anos 90. Tempo pré-Lei Bosman, em que os clubes italianos podiam ter apenas três estrangeiros. E os estrangeiros do Milan, bicampeão europeu, eram os holandeses Rijkaard, Gullit e Van Basten. Élber foi, então, emprestado ao Grasshoppers, da Suíça. Teve duas temporadas excelentes no clube (41 gols em 69 jogos está bom para os senhores?). Chamou atenção do Stuttgart, que o levou para a Alemanha. Foram mais 41 gols em 87 jogos de Bundesliga, o suficiente para o Bayern de Munique contratá-lo. Venceu quatro Bundesligas, uma Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes e tornou-se o maior artilheiro estrangeiro do Campeonato Alemão (marca que perderia para Cláudio Pizarro).
Ou seja, Nathan, nem tudo está perdido. Exceto…
… Pelo fato de que ser jogador do Chelsea emprestado ao Vitesse costuma ser uma viagem sem volta. No começo do post falei de 16 jogadores que pegaram a barca Vitesse-Arnhem. Apenas um retornou a Stamford Bridge e vestiu azul: o sérvio Nemanja Matic (que ainda fez uma temporada no Benfica).
A maioria é composta por: Matej Delac, Slobodan Rajkovic, Patrick Van Aanholt, Tomas Kalas, Ulises Davila, Gael Kakuta, Sam Hutchinson, Cristian Cuevas, Lucas Piazon, Christian Atsu, Bernard Traore, Wallace, Josh McEachran e Lewis Baker. Para saber o que aconteceu com cada um deles, sugiro essa matéria do Goal.com sobre a conexão Chelsea-Vitesse.