Ana Moser é presidente da Atletas pelo Brasil. (Gustavo Alves/ Divulgação)| Foto:
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A indignação de atletas da elite do vôlei brasileiro com a reeleição de Dilma Rousseff recebeu uma resposta de dentro do próprio vôlei. Ana Moser, ex-jogadora da seleção feminina, usou o twitter para condenar a manifestação de atletas como Nalbert, Scheilla, Thaísa e Lucão.

 

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“Profundamente envergonhada com o papelão de alguns atletas do meu voleibol. Espalham ódio, preconceito e falta de respeito pela democracia”, escreveu.

Um seguidor argumentou que os jogadores estavam apenas colocando sua opinião, o que mereceu nova resposta de Ana Moser. “Opinião é livre. Desrespeito na derrota, pelos que tem outra opinião, xingamentos, chamar de porcos e burros… Não é certo”, afirmou.

 

Logo a seguir, Ana Moser postou um mapa proporcional da votação pelo Brasil, mostrando que ela foi muito mais equilibrada do que as análises que mostravam um país rachado ao meio. “Somos um só”, afirmou.

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Ao blog Olímpicos, da Folha de S. Paulo, Ana Moser desenvolveu um pouco mais sua opinião sobre a reação dos colegas de modalidade. “Vi muitas manifestações pesadas de pessoas mais e menos populares, até que deparei com mensagens de atletas do voleibol e não resisti. Na minha visão o pessoal exagerou, não pensou antes de teclar. ‘Fair play’ acima de qualquer coisa, sem desmerecer o processo democrático. Me senti envergonhada com a falta de bom senso dos meus colegas. Afinal não é competição, é eleição”.

 

Há mais de uma década, Ana Moser desenvolve projetos sociais ligados ao esporte. Ela também é fundadora e presidente da Atletas pelo Brasil, coletivo de atletas que desenvolvem projetos de esporte e cidadania. A Atletas pelo Brasil publicou, no início de agosto, uma carta aberta aos candidatos a presidente da República. Dos três principais candidatos ao Planalto, apenas Aécio Neves assinou o compromisso de cumprir a carta, integralmente incorporada ao seu plano de governo. Marina Silva, derrota no primeiro turno, e a reeleita Dilma Rousseff não assinaram.

 

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Não foi apenas a elite do vôlei brasileiro que se manifestou raivosamente na internet contra a reeleição de Dilma Rousseff. Pilotos com passagem pelo Fórmula 1 postaram nas redes sociais mensagens de tom igual, lamentando a permanência do PT no poder e dizendo que não voltarão a morar no Brasil.

 

“Eu to indo pro aeroporto… Volto daqui a quatro anos”, escreveu Lucas Di Grassi. “Aí em 2018 a gente elege o Lula de novo 😉 beleza? Aí já coloca o nome Castro no Lula e na Dilma”, reforçou Luis Razia, ambos no twitter minutos após a confirmação da vitória de Dilma.

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Ainda no domingo, Nelsinho Piquet, da Nascar, usou sua conta no Instagram para manifestar sua insatisfação. “Foda… Sorte minha q não estou no Brasil passando por isso, mas estava torcendo muito por um país melhor!”, lamentou.

 

Na segunda-feira, o filho do tricampeão Nelson Piquet chegou a brincar com a ameaça de outros pilotos de se mudar do Brasil. “Já estou a procura de uma casa grande aqui nos EUA para acomodar todos os meus amigos que querem correr do Brasil.”

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O paranaense Enrique Bernoldi, ex-piloto de F-1, publicou no Twitter uma versão da bandeira do Brasil em preto e branco, com uma estrela vermelha, com o lema “Ordem e Progresso” substituído por “Corrupção e Safadeza”. Também publicou uma coletânea de capas de Veja sobre os governos do PT e a mensagem “E vocês votaram nisso? Pena de tanta ignorância”. Ele também usou a palavra ignorância ao comentar a queda da Bolsa – em especial das ações da Petrobras – na segunda-feira.

Em meio aos petardos disparados pelos colegas de cockpit, Rubens Barrichello publicou uma mensagem do Dalai Lama: “Nós somos animais sociais. Se a a sociedade, a humanidade é feliz eu também consigo obter o benefício máximo.”

 

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