Del Nero e Gomyde: apoio velado à oposição da FPF. (Divulgação)| Foto:
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Uma visita oficialmente de cortesia pôs o presidente do Paraná, Rubens Bohlen, diante do presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, para discutir valor, rateio e a antecipação de cotas de transmissão da Série B. O encontro ocorreu nesta sexta-feira (20), no Rio de Janeiro, combinando uma agenda prévia de Bohlen na entidade com uma visita de Ricardo Gomyde, candidato à presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF).
“O Paraná há muito tempo vem debatendo a diferença de cotas e desenvolvemos um projeto para reduzir o abismo financeiro entre as Séries A e B. A nossa ideia já era entregar o projeto em mãos e os principais pontos batem com o que pensa o Del Nero”, afirmou Bohlen.

 

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Pela proposta de Bohlen, metade do valor dos direitos de transmissão deveria ser distribuído equitativamente. Para a outra metade, haveria outras subdivisões com base na classificação do ano anterior, público no estádio e audiência.
Na pauta da reunião com Del Nero esteve a antecipação da cota paranista de 2015, para por em dia as contas do clube. Ano passado, o Tricolor conseguiu sacar cerca de R$ 900 mil dos R$ 3 milhões a que tem direito. A CBF negou-se a liberar o valor integral, apesar do apelo do clube.

 

“O Del Nero segue firme na posição de não antecipar receita. Disse que os clubes precisam se planejar financeiramente e não podem ficar sem receita no fim do ano”, afirmou Bohlen.

 

O Intervalo apurou, contudo, que Del Nero já concordou em antecipar valores. O quanto, porém, só poderá ser definido após a reunião de 3 de março, entre todos os clubes da Série B, que fechará a cota para 2015 e a forma de pagamento.

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Ano passado, os R$ 3 milhões (R$ 2,7 milhões líquidos) foram divididos em dez prestações, entre fevereiro e novembro. Para este ano, o repasse será em menos vezes. Com três clubes recebendo dinheiro dos direitos da Série A, a fatia do bolo da B para cada time deve aumentar.
“Com menos clubes que não recebem da Globo (17), o valor aumenta. Ainda esperamos, pelo menos, um reajuste correspondente à inflação (6,87%, segundo a Fundação Getúlio Vargas)”, diz Bohlen.

 

Ano passado, R$ 57 milhões foram rateados entre 19 clubes da Série B – o Vasco recebeu da cota da Série A. O repasse da inflação sobre este valor elevaria o bolo para R$ 61 milhões. Como Botafogo, Bahia e Vitória recebem dos direitos da Primeira Divisão, seriam 17 clubes da B recebendo R$ 3,6 milhões cada.

 

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