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A mais antiga e longeva revista sobre futebol do Brasil está de editora nova. O Grupo Abril vendeu a Placar para a Editora Caras. Fundada em 1970, a Placar foi a primeira revista brasileira sobre futebol. Também foi a única a sobreviver às muitas tempestades do mercado editorial.

 

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Segundo a Máquina do Esporte, primeiro veículo a dar a notícia, a venda da Placar é reflexo da dificuldade da Abril em manter a operação da revista.

 

“Ao se desfazer da Placar, a Abril praticamente encerra com o núcleo de revistas esportivas que existia na empresa. No início do ano, a Runner’s World, focada na corrida de rua, não teve o contrato de licenciamento renovado, e a publicação migrou para a editora Rocky Mountain”, diz o texto assinado pelo editor Erich Beting.

No Twitter, Sérgio Xavier Filho, diretor de redação da Placar, deu mais alguns detalhes. A equipe será mantida, a Placar continuará funcionando no prédio da Abril. A  carta de produtos segue a mesma: assinatura, especiais, Bola de Prata etc. Xavier deixará gradativamente a função de diretor de redação, mas continuará na Abril e escrevendo para a Placar.
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Com a mudança, o comando da Placar na prática passa para Edgardo Martoglio. Jornalista argentino que vive no Brasil, diretor de redação da Editora Caras e com experiência em inúmeros veículos esportivos de seu país.
A grande dúvida é qual será o impacto editorial da mudança. Minha aposta é que a Placar passe a incorporar o lyfe stile dos jogadores à sua pauta, algo próximo à fase futebol-mulher-rock’nroll de meados dos anos 90, porém com uma linha mais madura e adulta que aquela, bem juvenil. É uma maneira de expandir o público leitor para além do tarado por futebol. Também deve haver uma investida forte em promoções e ações junto a clubes para distribuição de brindes. Basta ver como isso funciona na Caras. A nova editora tem expertise e bem mais flexibilidade que a abril para essas promoções. A conferir.