Aconteceu há dez dias, sem muito alarde, o esperado encontro entre Rogério Bacellar e Mario Celso Petraglia. Os presidentes de Coritiba e Atlético jantaram juntos e combinaram de desenvolver estratégias conjuntas entre os dois clubes. A determinação foi repassada aos dois departamentos de marketing, que já trabalham em possíveis projetos casados.
Segundo Bacellar, a renegociação do contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal é uma ação que os clubes devem conduzir em conjunto. O contrato do Coritiba vence em maio; o do Atlético, em junho. Ambos recebem R$ 6 milhões e, juntos, teriam uma condição melhor de manter o investimento, ameaçado pela possível mudança de estratégia de marketing do banco.
TIM
Com anúncio previsto para hoje, o patrocínio da TIM à dupla Atletiba é anterior ao encontro entre Bacellar e Petraglia. Por isso, a negociação correu paralelamente, embora fechada nas mesmas condições. Coritiba e Atlético receberão o mesmo valor para estampar a marca da operadora de telefonia no número da camisa.
Pay per view
Ano passado, Petraglia e Vilson Ribeiro de Andrade trataram durante um jantar, em São Paulo, sobre uma ação conjunta para rever os critérios de distribuição das receitas do pay per view do Brasileirão. O critério vigente, que combina dados do DataFolha e do Ibope, apontavam a dupla Atletiba abaixo da dupla Ba-Vi em número de pacotes vendidos. Para Vilson e Petraglia, essa condição não fazia sentido diante do poder aquisitivo do paranaense em relação ao baiano.
Dinheiro bloqueado
Bacellar esteve ontem em Brasília, tratando das dívidas do Coritiba com a Receita Federal. A renegociação é necessário para o clube renovar a Certidão Negativa de Débitos. Enquanto não tiver a CND, o Coxa não pode renovar com a Caixa nem receber o valor do patrocínio atual ainda não liberado.