A Caixa Econômica Federal manterá seu patrocínio aos clubes de futebol. A direção do banco ficou dividida entre seguir com o investimento e incluir o corte no pacote de austeridade do governo federal. Pesou o fato de que interromper o patrocínio pioraria ainda mais a já ruim imagem do governo federal no momento. A intenção do banco é renovar o contrato de todos os clubes que já são patrocinados. A exigência será a apresentação da Certidão Negativa de Débito (CND).
Há cerca de duas semanas, Coritiba e Atlético receberam do superintendente da Caixa no Paraná a informação de que a estratégia do banco no futebol não seria alterada. A garantia deu o start na elaboração de um projeto conjunto da dupla Atletiba para renovar o contrato. Os clubes querem não apenas mostrar o retorno do patrocínio vigente, no valor de R$ 6 milhões por um ano, como apresentar outras formas de exposição da marca da Caixa. Um dos caminhos a ser traçados é formatar ações de relacionamento e, com isso, conseguir melhorar o valor do patrocínio. O novo valor será costurado em conjunto entre Atlético, Coritiba e Caixa, desde que o banco concorde com as diretrizes do projeto.
O contrato do Coritiba é o primeiro a vencer, em maio, o que torna mais urgente a obtenção da CND. A certidão do clube venceu no meio do ano passado. Há duas semanas o presidente Rogério Bacellar esteve em Brasília para tratar da renegociação de dívidas do clube com a União, para conseguir a renovação da CND.
Por não ter o documento, o Coritiba recebeu apenas R$ 1,8 milhão do valor do contrato. Faltam R$ 4,2 milhões. Pelo mesmo motivo, o clube não consegue finalizar a venda de um camarote e 50 ingressos por jogo do Setor Pro Tork para a Petrobras, que renderia R$ 217 mil ao clube.
Com CND em dia, o Atlético não deve ter problemas para renovar. Exatamente por não ter CND o Paraná desistiu de negociar um novo acordo com o banco.
Com Carlos Eduardo Vicelli
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