O Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia, perderá o nome do tricampeão mundial de Fórmula 1 para homenagear um governador da época do regime militar. A decisão foi tomada pelo atual governador, Marconi Perillo, em carta ao homenageado, Ary Valadão, que comandou o estado entre 1979 e 1983. (ATUALIZAÇÃO DAS 20H05: a Agetop, agência do governo goiano que cuida do autódromo, disse que não possível a alteração pois pessoas vivas não podem dar nome a prédios públicos)
“Agradeço de coração e levo ao senhor a notícia em primeira mão da nossa intenção de rebatizar com o seu nome o nosso Autódromo Internacional de Goiânia, que passará a se chamar Governador Ary Valadão”, escreveu Perillo, na carta assinada e datada de 15 de fevereiro de 2015, domingo de Carnaval.
Na mesma carta, Perillo agradece o apoio de Valadão na campanha da sua reeleição, ano passado, o que é apontado como motivo pela homenagem. O circuito é de responsabilidade do governo goiano.
Hoje com 93 anos, Valadão construiu boa parte da sua carreira política durante o regime militar. Dos 21 anos de ditadura, ficou sem cargo apenas nos dois últimos. No período militar, foi deputado estadual (1964 a 67) e federal (1967 a 79), além do mandato de quatro anos como governador. No início do regime também migrou da UDN, extinta pelo Ato Institucional número 2, para a Arena, partido ligado aos militares. Com a redemocratização, filiou-se ao PDS, de Paulo Maluf.
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Lembra o Marcus Ayres, colega do Jornal de Londrina, que ano passado o vereador Gustavo Richa (PHS) apresentou um projeto para mudar o nome do Autódromo Ayrton Senna, em Londrina, para Beto Monteiro, ex-piloto da cidade. A repercussão foi péssima e o projeto acabou sendo retirado, como noticiou à época o JL>